13 maio 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - EPÍLOGO

Boa noite pervinhas! Corações fortes? Ótima leitura!
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Epílogo - Duas Almas
Tabatta: Você não se esqueceu do aniversário de casamento, né pai? – eu estava pronto pra dar a partida no carro em direção a nossa casa quando Tabatta me lembrou de algo muito, muito, muito importante! 

Edward: não claro que não! – Sim, claro que sim! 
Tabatta: Esqueceu sim... – suspirou – Droga, pai! O que agente vai fazer? 
Observei minha situação. Eu estava na porta do colégio das crianças. Maria Eduarda, Thomas e Miguel estavam se batendo e rindo no banco de trás, brincando entre si de mochila nas costas. Três loirinhos espevitados. Tabatta na frente comigo, emburrada por mim ter esquecido que exatamente no dia de hoje, Bella e eu estávamos fazendo seis anos de casados! 
Edward: Eu não sei, eu não sei! – suspirei – Droga, o dia já está quase no final... 
Tabatta: já está de noite, pai! – suspirou. – aonde a mamãe tá? 
Edward: em casa. Ela chegou da faculdade, me ligou, e eu nem vi ela hoje! Graças a Deus, que você me lembrou e eu ainda não a vi! – comecei a dirigir. 
Madu: você vai buscar o Brian, pai? – perguntou aparecendo na parte da frente. Quando o sinal fechou eu a empurrei de volta no banco, de modo que ficasse sentada. Seus cabelos loiros voaram quando ela caiu no banco rindo. 
Tabatta: VERDADE! – lembrou – o Brian tá na casa da vovó, então você pode deixar agente dormir lá, e fazer um jantar romântico pra mamãe! Que tal? – ela sorria. 
Thomas: jantar romântico? – perguntou, pondo a cara na frente também. Ele foi pra trás antes que eu o empurrasse – agente também vai? 
Miguel: ai, lógico que não. – riu – é da mamãe e do papai! 
Edward: é. Vocês vão dormir na casa da vovó. – começaram a discutir entre si. Eu particularmente não estava nem ai naquele momento, querendo pensar em algo. Encontrava-me sem presente algum!
 Droga, nos aniversários de casamento eu sempre fazia a maior cerimônia, e dessa vez, eu não tinha nada! Nem me lembrado da nossa única data que fazia a diferença. 
Cheguei à casa da minha sogra, e a vi despreocupada com Brian, que já tinha três anos no colo, lendo uma história pra ele. Os olhos verdes do meu mais novo estavam em direção ao nada, enquanto em seus lábios um sorriso se formava pela doce voz da avó que lhe narrava uma história. 
Miguel: Oi vó... – ele todos foram na direção da minha sogra, e lhe beijaram o rosto. Ela ficou de pé, e veio me dar um abraço. 
Renée: Edward, querido... 
Edward: como vai, Renée? – perguntei, olhando pro meu filho. Ele estava cada vez mais parecido comigo. – posso pedir um favor? 
Brian: pai? – resmungou, estendo os braços na direção da minha voz – já chegou? 
Edward: claro, garotão... – sorri, e o peguei no meu colo. Beijei seu rosto. 
Renée: qual favor, querido? 
Edward: as crianças podem ficar aqui essa noite? Hoje é aniversário de casamento meu e de Bella... – não precisei terminar, ela já assentia positivamente com a cabeça. – que bom! Vou te confessar que é o primeiro ano que eu esqueço! – sorri, nervoso – eu sempre faço algo especial, mais hoje... Esqueci. 
Renée: acontece, Edward... – ela sorriu pra mim – siga seu coração, e demonstre em palavra o quanto a ama. Não é um presente caro que explica isso por você. – nos viramos quando ouvimos o barulho de um vaso se espatifar no chão. Risadas começaram a ecoar no interior da casa, e eu e Renée nos olhamos. – acho que tenho que ir ali rapidinho... – e saiu correndo – TABATTA, THOMAS, MARIA EDUARDA E MIGUEL! SE VOCÊS QUEBRARAM O MEU VASO DE CRISTAL VOU PENDURAR TODOS NO VARAL PELAS CUECAS E CALCINHAS! 
Brian: pai? – perguntou em voz baixa, agarrado no meu pescoço.
Edward: oi garotão... – sorri na direção dele, que não podia me ver. Foi estranho ver meus olhos estampados naquele rosto, com tanta luz, mais sem poder enxergá-la. 
Brian: dê flores pra mamãe. – murmurou como se fosse um segredo – ela adoraflores! Ela diz que as que têm cor vermelha são as mais bonitas, porque elas lembram você. Ela não me disse o porquê... Mas a vovó acabou de me dizer que o vermelho é a cor do fogo. – eu sabia bem porque a cor do fogo me lembrava a Bella... E como sabia! – o vermelho também é a cor do amor. E você a ama muito, né? 
Edward: muito, você nem pode imaginar! Uma flor vermelha... – parei pra pensar – é filhão, talvez seja uma boa Idéia. Parece que alguém salvou o papai da forca! – e fiz cócegas na barriga dele. 
Entrei no carro vazio, e parti pra casa. Mas claro, sem antes passar numa floricultura. 
Comprei flores, mais não apenas uma. Mas também não um buque. Um buque feito por mim a partir de uma idéia inocente. Ela ia gostar! Eu tinha certeza que ia... O pelo menos era isso o que eu mais desejava! 
Bella POV 
Sete da noite. Nada de Edward, nada de filhos! Eu já começava a entrar em desespero. Atirei-me no sofá da sala, e fiquei mirando o teto. Não tinha ninguém em casa... Estava um silêncio absurdo, no qual eu não conhecia há muito tempo! 
Estava calor lá fora, apesar de já estar de noite. Tirei minhas sandálias, e fiquei de saia social e blusa branca. Abri os primeiros botões da blusa, deixando o sutiã vermelho forte aparecer. Estava mesmo muito quente! 
Fiquei me abanando com um pedaço de papel. Eu podia ver pelo teto de vidro da sala de cima as estrelas brilharem no céu... Intensas como a luz da lua grande e branca que iluminava fracamente a sala escura naquele instante. Só havia eu ali. Naquela mansão imensa que fora a mim presenteada assim que me casei. 
Pelo meu marido. Meu único e eterno homem.
 As cortinas abertas me proporcionavam uma vista vasta do lago ao lado de fora, um pouco ao longe, banhando a beira das montanhas. Era o meu lugar favorito, aquela sala... Onde eu ia pintar meus quadros longe da barulheira matinal das crianças. Mas eu nunca os fazia... Eu sempre tinha que estar atrás de alguém, sempre! E nunca me cansava disso. 
O sono quase me pegava, quando ouvi fracamente passados no andar de baixo. Não me dei o trabalho de levantar, fiquei apenas ouvindo. O engraçado é que... Havia só umapessoa lá em baixo. 
Abri os olhos, e parei por um minuto. Continuei na mesma posição sem me mover. 
Bella: EDWARD? – berrei. Continuei ali. 
Edward: um minuto... – sorri, ao ouvir a resposta dele. Estava longe, talvez no nosso quarto. Sua voz era brincalhona. Suspirei. 
Bella: onde estão as crianças? – gritei novamente, mais dessa vez não obtive resposta. Observei meu reflexo no espelho que tinha ao lado. Ok, sem crianças? 
Não pude evitar sentir um sorriso malicioso nos meus lábios. Voltei a olhar pro teto, e mirando as estrelas me lembrei de algo importante. 
Droga, aniversário de casamento! Hoje! Eu tinha me esquecido... Suspirei, e tapei o rosto com as mãos. Droga, mil vezes droga! Bom, apesar de eu ser a desnaturada, Edward não tinha esquecido. Fiquei de pé, e me abaixei pra pegar as sandálias. Caminhei meio triste pro meu quarto, me culpando por ter esquecido. 
Girei a maçaneta, e nada de Edward. Coloquei as sandálias no Closet de sapatos, e andei na direção da varanda. Fiquei ali um tempo... Até que senti a presença de Edward atrás de mim. Ok, só pelo perfume inconfundível que exalava dele. 
Edward: Bella? – me virei, e o encarei. Ele estava perfeitamente lindo... Como sempre. Especialmente hoje, vestido inteiramente de preto. 
Mas seus olhos brilhavam de uma forma inconfundível, cheios de amor, entrega e sei lá... Talvez um pedido de desculpas. Eu sorri ao ver que em suas mãos estava uma caixa comprida de presentes, como se dentro daquela perfeição negra com um único e maravilhoso laço vermelho sangue houvesse algum tipo de presente muito fino. O que poderia ser tão fino? 
Bella: Edward... – sorri me sentindo do nada, tímida. 
Minhas bochechas estavam meio avermelhas, eu podia confirmar! Ele me fez ficar com vergonha por sua presença. Por mais que anos e anos passassem eu não podia acreditar na nossa história, na nossa sorte. Ele era meu, e de ninguém mais. 
Edward: feliz aniversário de casamento. – suas mãos me estenderam o embrulho fino. Eu o apanhei, meio hesitante pelas minhas mãos tremulas. Talvez eu os deixasse cair. 
Bella: obrigado, amor... – gaguejei, desfazendo o laço e deixando sem querer a fita se cetim vermelha cair ao chão. 
 Ele se abaixou pra pegar, e a passou no meu pescoço, como se fosse um colar. Eu ri, e então puxei a tampa da caixa revelando aos meus olhos curiosos seu misterioso conteúdo. Eu não acreditei no que meus olhos viam. Eram flores. Rosas
Que tipo de homem dava flores dentro de uma caixa de presente? Senti o coração bater mais forte. Em todos esses anos, em toda a minha vida, um presente nunca me deixara assim. Era diferente, e simples. 
As flores eram perfeitas, como as que se vê na televisão. Livre de espinhos, com um caule verde intenso, e pétalas suaves e incríveis. Haviam rosas ali de variadas cores. 
Edward: na verdade são cinco... – explicou como se lesse meu pensando. – um passarinho me contou que você ama flores... E o meu coração me explicou como eu podia usar isso ao meu favor. – e sorriu. 
Bella: Brian – murmurei, olhando abobada pras flores dentro da caixa. 
Edward: é... – respondeu. 
Bella: Edward, elas são lindas... – eu não encontrava palavras pra descrever o quão belas eram – Obrigado, são minhas cores preferidas. 
Edward: cada uma delas tem seu significado. – ele apanhou delicadamente a Rosa de cor branca nas mãos – A branca é pelo nosso casamento e pela sua pureza... – explicou segurando-a em frente a mim, perto do meu peito – Pela nossa união perfeita, e por eu ser o único homem na sua vida. Por você ter se entregado pra mim, e pra mais ninguém. 
Bella: Omg, Edward... – sorri emocionada, e ele fez sinal pra mim me calar. Eu sorri mais. 
Lentamente ele colocou a flor branca de volta na caixa e apanhou a de cor Rosa claro. 
Edward: A cor de rosa e pelos nossos filhos, o maior presente que você já me deu, pela ótima mãe que você é. – ele olhava diretamente nos meus olhos. Eu já via a hora em que cairia da sacada por virar mingau por aquele olhar – pela família que eu sempre quis ter. - Continuei quieta, e observei ele trocar novamente a flor pela que possuía a cor amarela. – A flor amarela é por você ser o sol da minha vida... O meu motivo de viver, respirar e querer estar aqui, ao seu lado. – trocou novamente a flor. Agora era uma Rosa violeta – essa aqui foi a mais difícil se de achar... Talvez nem seja a cor natural dela, mas é perfeita. Representa você. O seu jeito de ser. É única, tem seu próprio brilho e dentre todas, apesar de ser quase igual a todas – ele riu - é a que se destaca pra mim. A que eu amo
A ultima flor era a vermelha... Edward tirou a Rosa da caixa, e depois pegou a caixa de minhas mãos. A colocou encima de uma mesa de vidro ali por perto, e se voltou pra mim segurando a flor vermelha. Era a mais linda. Eu podia ver que em suas pétalas havia gravuras de letra em dourado. 
Eram minúsculas, talvez eu nem as enxergasse. 
Bella: ai Edward, deixa eu ver... – fui à direção das mãos dele. 
Edward: espera... – ele sorriu de canto, e me pegou pela cintura com o outro braço. – bom, vermelho é a cor do amor e do fogo, certo? Acho que combinamos muito nesses dois aspectos... – as mãos dele deslizaram a minha blusa aperta pelos meus ombros. Ela caiu no chão, e fiquei só de sutiã. O engraçado é que a cor do meu sutiã, vermelho forte, era exatamente a mesma cor das pétalas da rosa. – é, combina... E combina perfeitamente
Bella: é impressão, ou está com segundas intenções? – eu ri um pouco, enquanto ele me abraçava mais forte na direção de seu corpo. 
Edward: você está boa de palpites hoje... – confirmou, beijando a base do meu pescoço – boa em tudo
Bella: você se livrou das crianças... Isso é intencional. – aos poucos íamos para o quarto, logo quando chegamos ele colocou a rosa vermelha no criado mudo, e me deitou na cama, ficando por cima de mim todo sorrateiro. 
Edward: tenho que confessar uma coisa. – disse mais sério, vendo meu rosto se distorcer numa expressão brincalhona. 
Bella: você me traiu? – perguntei na lata, tentando me fazer de séria, mais rindo no final. 
Edward: Bella... – repreendeu – foi pior. Esqueci nosso aniversário de casamento! 
Bella: também esqueci. – dei de ombros. 
Edward: sério? 
Bella: você acha que eu mentiria? – suspirei, e comecei a desabotoar os botões da blusa branca social que ele usava. Logo a joguei no chão. 
Edward: não... – ele me deixou tirar a roupa dele, e ainda meio abalado por nossas revelações puxou a minha saia pelo meu quadril. Eu estava de lingerie vermelha, e ele de calça. Logo me desfiz dela também. – tá bom, mais eu fiquei mau por isso. E acho que você merece um castigo! – ele riu malicioso, e afundou os lábios no meu pescoço, delicadamente. 
Bella: Aé, mereço um castigo! – suspirei – vou ser uma boa esposa e deixar o meu marido me castigar como eu mereço. – e sorri, fechando os olhos – só não seja muito cruel comigo, marido. 
Fui sacudida por um tremor não intencional assim que as mãos de Edward começaram a deslizar pelas minhas costas. Era sempre como na primeira vez, mesmo que se passassem mil anos. 
Eu ainda me sentia inexperiente, me sentia insegura e hipnotizada por ele. Eu ainda tremia como uma criança, ainda me entregava do mesmo jeito, me deixando completamente a merecer dele. 
Ficamos juntos mais uma vez aquela noite, sentido todas aquelas sensação de prazer físico misturadas com amor inexplicáveis. 
Eu sabia que seria pra sempre. Eu sabia que a cada minuto eu iria amá-lo, até depois que meu coração parasse de bater. 
Quando tudo acabou, e eu ainda estava sobre o efeito dele, Edward trouxe a Rosa vermelha pra perto do meu coração, entre meus seios, e deixou que eu lesse o que estava gravado nas pétalas em dourado. 
“Duas almas, marcadas Eternamente, pelo casamento”.
Anos, Anos, Anos e Anos depois. 
Tabatta POV 
O cemitério estava um pouco mais cheio do que deveria. Talvez fosse porque era aniversário de casamento dos meus pais, e se eles estivessem vivos, completariam cinqüenta anos de casados hoje. 
Olhando pros meus irmãos, eu via em cada um deles um pouco do que meus pais foram. 
Thomas estava ao lado de Miguel, usando um terno negro em luto eterno, recém saído da empresa da família. Hoje em dia, ele era o presidente sucessor de nosso pai. Um perfeito homem de negócios, sempre disposto a ajudar, com o melhor coração que eu já tinha tido a oportunidade de conhecer. Olhos castanhos, (como os de nossa mãe) e tristes por usá-los olhando o tumulo onde nossos eternos criadores descansavam em paz, pra sempre. 
Maria Eduarda, hoje, a moça mais bonita que eu conhecia, trazia consigo uma barriga enorme de seis meses de gestação, e o rosto mais parecido com o de nossa mãe do que qualquer coisa no mundo. Era doce, maternal, a reencarnação da formalidade. Era Bellaexatamente como eu me lembrava. Viam-se lágrimas escorregando por suas rosadas bochechas, abraçada de lado com Miguel. 
Miguel... Este hoje era o exemplo de tudo que se pode imaginar de bom. Fora o melhor dos filhos pra nossos pais. O melhor entre todos, entre aqueles que de verdade tinham seu sangue. Não se parecia com ninguém por fora, mais por dentro tinha todas as características e valores que eles nos passaram um dia. Todas. Uma de duas mãos estava parada na lapide de cristal do tumulo deles, como se ali tocasse de verdade as almas mais perfeitas do mundo. Em seus olhos a tristeza era nítida... Como a força que fazia pra deixar Madu cai ao seu lado, enquanto chorava. 
Um pouco longe de tudo, fazendo uma oração baixa, estava Brian. Vivendo nas eternas sombras, sem medo de esconder os olhos lindos, ele os exibia para o sol, sem saber ao certo aonde deveria olhar. Eu particularmente adorava olhar pra ele. Era como voltar anos e anos no tempo, e contemplar meu pai. Alto, muito alto. De cabelos loiros acobreados, olhos muito verdes e pele branca. Era extremamente bonito, e perfeito. Perfeito em todos os sentidos, já que o problema não o impedia de viver. 
Hoje ele era independente. Casado com a cunhada de Thomas, uma boa mulher, que assim como todos os nossos maridos e esposas, nos deixaram sozinhos nesse momento de alegria e tristeza. 
E eu. A mais velha, a mais responsável, a mais guerreira, que foi forte por todos quando eles foram embora. 
Maria Eduarda: parece que foi ontem... – murmurou chorando, escorada na camisa de Miguel – parece que foi ontem que mamãe olhou pra mim e disse que ia dormir, e sonhar com o papai. Parece que foi ontem que acordei e fui à direção do quarto, e os vi sem respirar um com o outro ali, sem vida. 
Ela chorava muito, e as lágrimas quase deslizavam também pelos meus olhos. 
Eles tinham morrido juntos, quando souberam que na havia mais nada pra fazer no mundo. Eles tinham morridos juntos, inexplicavelmente, só tinham parado de respirar
Esse era o fato que mais nos conformava. Ele tinham ido juntos, sem dor, apenasjuntos
Abri a boca, na intenção de consolá-la, mais Brian foi mais rápido do que eu. 
Brian: não chora por isso, Dudinha... – disse mais sério do que qualquer um – eles estão juntos, e você sabe disso. Você sabe que estão bem, e não deve se lamentar. – era como se eu estivesse ouvindo meu pai falar. 
Maria Eduarda: mas Brian... – ela soluçava. 
Tabatta: já que estamos todos juntos, acho que é a hora certa de saberem a verdadeira história deles... – eu era a única que sabia. Eu tinha vivido com eles, e já mais velha, me dei conta do que realmente tinha acontecido com meus pais durante a minha infância. 
Miguel: mas não sabemos tudo sobre ele... – disse meio sem entender. 
Tabatta: não sabem nem a metade! – dei de ombros. – nossos pais foram obrigados a se casar ainda muito jovens. Eles se odiavam! Nossos avôs pensaram apenas no dinheiro, não pensaram em como seria para seus pobres filhos arrancando-lhes a juventude. Eles se casaram em fim, e apesar de tudo, começaram a se amar, e amar muito. Foi ai que eu apareci na vida deles... – comecei a contar tudo. Desde os problemas pra pegarem a minha tutela, até Kelly e o estupro. Eles ficaram boquiabertos. 
Thomas: Meu Deus, eles não contaram isso pra nós por quê? 
Tabatta: como se sentiu ao saber de tudo isso? – ironizei – você queria viver olhando pra eles e pensando nessa história? Você queria viver sabendo que uma mulher cruel os fez sofrer tanto, mandou estuprar a mim, e por sorte a nossa mãe me salvou, e saber que o Brian é cego por causa de uma víbora? Essa víbora me colocou no mundo... E o Miguel também? Você queria, ou preferiu ter vivido sem saber, e só saber agora, depois de tudo? 
Eles ficaram quietos. 
Madu: vocês têm razão... – ela estava mais feliz – eles estão juntos e bem. Era isso que queria! – ela se soltou de Miguel e Tom, e foi na direção do tumulo. Tocou na lapide de cristal com muito carinho, e sorriu – mamãe, papai... – ela sorria, como se ainda fosse aquela menininha que eu vi crescer, e que sempre ficava sentada no colo do meu pai o ouvindo contar uma história. – eu sei que está bem. – sorria – desejo que onde estiverem olhem por mim e meus irmãos, pelos seus netinhos e pelos bebês que agora vou ter. – ela deslizou a mão pela barriga, onde dentro residiam gêmeos. Um menino e uma menina, como ela e o irmão – eles vão se chamar Edward e Bella, em homenagem a vocês. – Madu já não chorava, apenas sorria, mais ainda em meio a lágrimas. – eu amo vocês. Todos nós amamos. 
Miguel: todos nós amamos e sempre amos amar... 
As declarações de amor começaram, e depois aos poucos, fomos indo embora. Fiquei um pouco pra trás, na promessa de depois alcançá-los. 
Sozinha ali caminhei até a lapide e observei o que ali estava escrito embaixo dos nomes e data de morte: 
“Duas almas, marcadas eternamente, pelo casamento”. 
Em cima da lapide havia um pequeno vaso com uma única Rosa vermelha. A Rosa vermelha que meu pai tinha dado um dia a minha mãe, e que ela me dissera um dia que só iria se fechar quando o amor deles morresse. 
A rosa estava vivíssima, nunca morria. Há anos e anos vigorava cada vez mais ali. 
Eu tinha certeza que o mundo poderia acabar mais aquela rosa jamais iria se fechar. 
Senti uma lágrima descer pela minha bochecha, e acariciei levemente uma das pétalas a Rosa. 
Tabatta: Edward, Bella... Mamãe papai... – murmurei – tenham feliz aniversário de casamento. 

FIM

Um comentário:

  1. Omg meus parabéns a autora dessa fic é mt perfeita ,chorei muito com o epilogo,e mt lindo msm realmente amei ele e surpreedente não terminou com um simples "e viveram felizes para sempre..." isso foi o que mais adorei na fanfic Mt bom msm parabéns <3 <3

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