12 março 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 26

Boa noite Pervinhas.. Ao que parece Edward viu quem realmente a Bella era.. E o quanto ela o amava... Será que ele será homem o suficiente para correr atrás do amor de sua vida? Ótima leitura!!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 26 - POR QUE, APESAR DE TUDO, EU AMO VOCÊ 

POV EDWARD

Eu andava nervosamente de um lado a outro da pequena sala de espera do hospital enquanto roia o que restava de minhas unhas. Por que a mulher de minha vida estava agora na sala de parto dando a luz a um filho... a um filho que eu tinha sérias dúvidas se era meu, mas que eu já amava como se fosse meu. Por que tudo que vinha daquela mulher me era de extremo valor. 
- Pare de andar de um lado pro outro ou vai fazer um buraco no chão. – Jacob disse lentamente enquanto permanecia sentado no sofá, as mãos entrelaçadas atrás da nuca, seus olhos perdidos olhando o nada. 

- Vá cuidar da sua vida. – resmunguei enquanto continuava minha volta em torno de mim mesmo. Parei por um momento e o fitei com o cenho franzido. – É... Jacob? 

- Esse é o meu nome. – ele disse me olhando com pouca vontade. 

- Você... tem alguma chance de você ser... bem... o pai do filho de Bella? – eu disse enquanto o olhava atentamente. Seus olhos ficaram fixos em mim por um tempo muito grande até que ele apertou seu maxilar e seus olhos se estreitaram. 

- Sabe, Cullen, eu sempre disse a Bella que você não a merecia. Mas ela é muito nobre e acreditou em todas as mentiras que você lhe contou. – ele disse lentamente e eu fechei meu rosto. 

- Eu nunca menti a ela quando disse que a amava. – disse num murmúrio irritado. 

- E do que adianta todo esse amor que diz sentir por ela? – ele disse sentando-se ereto na poltrona enquanto apoiava os cotovelos nos joelhos. – O que isso trouxe de bom a ela? 

Não soube o que lhe responder pois o que ele dizia era bem a verdade. O que eu fizera de bem a Bella? Quais as boas lembranças que ela guardaria de mim? Fui um bruto, um total irresponsável, um inútil, um possessivo ciumento... enquanto ela só me deu todo seu amor. 

- Invejo você Cullen. – Jacob ainda disse. – Eu te invejo por que a burrice é eterna. E tenho pena de você pois de adulto você só tem a aparência. – voltou a recostar-se com as mãos atrás da cabeça. – Não sou o pai do filho de Bella simplesmente pelo fato de que eu e ela sermos só amigos. 

- Mas... eu vejo em seus olhos que também ama Bella. Por que vocês nunca tiveram nada? – ainda tentei também me sentando a sua frente. Ele olhou pra mim como se olhasse pra uma criança que pergunta aos pais por que o céu é azul e não cor de rosa. 

- Primeiro, por que ela infelizmente te ama mais do que tudo nesse mundo. – um bolo se formou em minha garganta ao ouvir isso. Saber que Bella me amava tanto e que eu a magoara daquela forma... me doía muito, parecia que me peito se quebraria a qualquer momento tamanha minha dor nesse momento. – Em segundo, por que eu sou gay, seu idiota. 

Chocado. 

Não tinha outra palavra que definisse o que eu sentia nesse momento. 

Jacob Black, o bonitão do qual eu sempre morrera de ciúmes... era gay. Céus... então todas as nossas brigas por ciúmes, todas as nossas discussões... foram todas infundadas. Como eu fora burro! Burro, burro, burro! 

- Por que... por que ela nunca me disse? – perguntei em um sussurro. 

- Por que ela só queria que aprendesse a confiar nela. – ele disse lentamente enquanto voltava a fitar o nada. – Por que você não precisou contar toda a verdade pra ela pra que confiasse em você... e ela só queria que você demonstrasse confiar nela um terço do que ela confiava em você. 

Escondi o rosto entre minhas mãos por que tinha vergonha que Jacob olhasse pra mim agora. Por que minha vontade era enfiar-me em algum buraco e nunca mais olhar pra ninguém. Por que era o ser mais burro, mais inútil, mais obtuso e insensível dessa galáxia inteira. 

Por que eu tive o amor da melhor das mulheres e deixei que minha ignorância estragasse tudo. 

- Como eu pude fazer isso, Jacob? – disse num sussurro enquanto sentia as lágrimas quentes molhares meu rosto. – Como eu pude magoá-la tanto? Como eu pude expulsar de minha vida o ser mais perfeito? Como pude jogar fora a minha maior chance de ser feliz? 

Um longo silencio se segui a isso até que ouvi a voz lenta e grave de Jacob falar-me com mais calma do que antes. 

- Ainda não acabou, Cullen. Detesto mesmo estar dizendo isso a você, mas vou dizer por que sei que, por mais babaca que você seja, você tem um amor enorme por minha amiga Bella. E é por isso que te digo: ela ainda te ama... te ama demais. 

Ergui meus olhos e encarei o rosto moreno que pra minha surpresa tinha uma pequena mancha que descia desde seus olhos até o queixo. Seus olhos estavam úmidos... ele também chorava. 

- Mas por que ela não me deixou entra com ela na sala de parto? – perguntei sem entender. 

- Cullen, Cullen. Quando é que você vai entender? – ele perguntou enquanto fechava os olhos e balançava desconsoladamente a cabeça. – Ela está sangrando, Cullen. E está sangrando por sua causa. Mas só você pode estancar esse sangramento e cicatrizar essa ferida. Só que dessa vez não existe margem pra erros. Dessa vez você deve fazer tudo diferente, tudo da maneira correta. 

Antes que eu pudesse questionar mais alguma coisa, um senhor todo de branco entrou na sala e olhou de mim pra Jacob, um vinco entre seus olhos. 

- Quem é o pai da criança? – perguntou com uma voz grave e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Jacob disse de sua poltrona. 

- É esse cara aí. 

O médico então se virou pra mim e ia dizer algo sobre a criança até que Jacob o interrompeu. 

- Não diga nada sobre o bebê. – disse em sua voz calma e o médico voltou-se pra fita-lo. – Deixe que ele veja com os próprios olhos. 

- Se assim preferem. – ele deu de ombros e voltou a me olhar. – Siga-me. 

Como um sonâmbulo, segui o doutor pelos corredores brancos do hospital. As pessoas passavam por mim naquela eterna correria do ambiente hospitalar... mas eu mal as via. Eu apenas tinha olhos para o caminho que eu percorria até a sala a qual o médico abriu e se virou pra mim sinalizando pra que eu entrasse. 

E lá estava ela. Mais linda do que nunca, os cabelos suados colados a lateral do rosto enquanto seus lindos olhos estavam baixos, admirando uma pequena criatura que ressonava tranquilamente em seus braços. 

- Fique a vontade, Sr. – o médico murmurou dando-me uma palmada amistosa no braço. – E parabéns pelo lindo menino. 

E eu fiquei ali na porta do quarto sem saber o que fazer. Olhava boquiaberto a mulher da minha vida ninar o nosso filho em seus braços. 

O nosso filho... 

Era pra ser o momento mais feliz de nossas vidas. Mas o imbecil aqui fez questão de estragar tudo. 

Um filho... 

Isso foi tudo que sempre desejei. E agora eu o tinha... mas a gravidez da mulher que eu tanto amava... eu simplesmente perdera enquanto sofria e chorava, pagando por erros que podiam muito bem ter sido evitados. 

Evitados seriam se eu tão somente tivesse confiado na fidelidade da mulher que me deu tudo. 

- Edward... – a voz de Bella me chamou e eu despertei do meu transe. Ela me fitava com olhos cansados, a tristeza lá, nítida, a dor também lá, rasgante, as feridas abertas, torturante... e tudo por minha culpa. – Venha aqui... – ela sussurrou me chamando com a mão estendida. 

Caminhei lentamente na direção da mulher que apesar de tudo me estendia a mão me convidando a participar daquele seu momento de extrema realização, que me dava a oportunidade de contemplar a criaturinha perfeita em seus braços, o fruto de nosso amor ta conturbado... mas também tão intenso. 

Meus olhos logo puderam ver com clareza o lindo bebe em seus braços e qual não foi o meu desespero ao ver um rosto que me fazia recordar de antigas fotos minhas, o cabelo todo despenteado era inconfundivelmente parecido com os meus. O soluço brotou de minha garganta antes que eu percebesse e antes que eu pudesse controlar estava chorando feito um bebê, caindo de joelhos ao lado da cama e segurando com força a mão que Bella me estendia, seus olhos, ah, seus lindos olhos cheios de lagrimas me fitavam com doçura. Por que dela só me veio a doçura que tirou de mim a amargura na qual eu havia mergulhado. 

- Oh, Bella. Minha Bella. O que eu fiz? – eu soluçava enquanto beijava e molhava de lagrimas sua pequena mão que tremia enquanto ela soluçava também. – Como pude ser tão tolo? Como pude ser tão cego? Me perdoa, imploro que me perdoe! Sei, como sei que não mereço nem um olhar seu em minha indigna direção... mas lhe imploro com o direito que não tenho que me perdoe por tudo que lhe é mais sagrado. Me perdoa, meu amor, que eu simplesmente não sei sobreviver sem você. 

E solucei de cabeça baixa, minha testa tocando o colchão enquanto o choro desesperado saía com toda a força de meus pulmões, o desespero tomando minha alma enquanto mão que eu lavava em lágrimas apertou a minha. 

- Por que, Edward? Por que ao menos não tentou acreditar em mim? Um exame, Edward, um simples exame tiraria qualquer sombra de dúvida. – ela disse com voz fraca, as lagrimas visíveis em sua voz divina. 

- Por que eu sou um burro. Por que meu orgulho me fez perder você. E só depois que te perdi pude perceber quanta falta você me faz... mas fazer tal exame só iria fazer a dor ficar pior. Por que no fundo eu sempre soube que você sempre disse a verdade enquanto eu sempre lhe menti, lhe enganei. Mas agora eu vejo que nada me é mais importante do que estar ao seu lado, estar ao lado do nosso filho. – levantei meu rosto e fitei aqueles olhos que me seguiram dia e noite por aqueles longos meses de tortura. – Bella... o que eu posso fazer pra que acredite que te amo mais do que a mim mesmo e que por você eu faria tudo, tudo, tudo e mais um pouco ainda se me fosse permitido? 

Ela me fitou por um longo momento, as lagrimas escorrendo por seu lindo rosto de anjo antes que seus lábios se abrissem e ela dissesse com voz tremula. 

- Apenas me ame e me aceite como eu sou. Eu só te peço que me ame, eu só preciso que você me ame. Enquanto você me amar eu viver... por que sem o seu amor... nada faz sentido. 

- Minha doce Bella. – disse num murmúrio sufocado pelo choro enquanto me sentava na cama e passava minha mão em seu delicado rosto, seus olhos se fechando enquanto ela apreciava o calor do meu toque. – Se eu pudesse lhe daria o mundo... ia até o fim do mundo pra conseguir lhe trazer uma estrela. Mas isso não é possível e nem é preciso. Por que o brilho da estrela não seria páreo para o brilho dos teus olhos e de nada lhe serviria. – seus lindos olhos se abriram e me fitaram com doçura. – Todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos eu agradecerei aos céus por ter o brilho dos seus olhos pra iluminar a minha vida. Por que eu não te mereço e jamais te merecerei... mas mesmo assim Deus me deu o privilégio de ter o meu anjo particular. Um anjo que trouxe outro anjo pra minha vida. – e meus olhos caíram até o nosso filho que se mexia nos braços do Bella que também o olhou e sorriu entre lágrimas. 

- Sabia que ele pulou em meu ventre quando ouviu a sua voz no parque? – ela perguntou com voz tremula e eu a olhei nos olhos, totalmente emocionado. – Ele sabe que o pai dele está aqui. 

Voltei os olhos pro meu filho que agora parecia despertar do seu sono profundo de bebê. 

- Pegue-o, Edward. Ele está ansioso por sentir o seu toque. – ela disse num sussurro e me estendeu nosso filho que eu com todo o cuidado do mundo aninhei em meus braços. Ele se mexeu e sua pequena mãozinha saiu do embrulho no qual ele estava apertado, logo minha mão se moveu até ela oferecendo meu dedão que ele prontamente agarrou fazendo uma corrente elétrica passar por todo meu corpo. 

E foi aí que duas coisas magníficas aconteceram. Seus delicados lábios de bebê se esticaram e se abriram em um inconfundível sorriso me tirando o fôlego enquanto lentamente ele ia abrindo seus olhinhos inchados. 

E neles eu vi a minha luz particular brilhar. 

- Ele... – eu disse tomado pelas lagrimas enquanto erguia meus olhos para a mesma luz que me guiara por todo esse tempo. – Ele tem os seus olhos. – disse num murmúrio abafado enquanto voltava meu olhar para o delicado rosto do meu filho que já voltara a fechar os olhos e ressonava em meus braços. 

Meu filho. 

- Eu juro, por esse olhar inocente que me olhou e me iluminou a mente turva, o mesmo olhar que embeleza o mais perfeito rosto que meus olhos tiveram a sorte de contemplar. – agora eu olhava para o rosto de Bella que estava lavado em lágrimas... mas mesmo assim, jamais vi e jamais verei enquanto viver tamanha perfeição. – Eu juro fazer de vocês dois o meu mundo, por que a minha vida girará em torno do meu filho... e do grande amor de minha vida. 

E com nosso em filho entre nós, nossos lábios se uniram em um terno e delicado beijo apaixonado, nossas línguas se acariciando, matando a saudades de nossos gostos, nossos lábios sugando-se, degustando os detalhes ms detalhes tínimos detalhes, mui conhecidos e nunca, jamais esquecidos. 

Mas por mais que eu me redimisse, por mais que eu mostrasse a ela que eu estava arrependido, eu via em seus olhos a sombra da duvida que eu mesmo plantara com minhas inúmeras burrices. E cabia a mim agora dissipar tal coisa. 

Mas... como?

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