06 março 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 22

Boa noite pervinhas! Amar é vida, não é mesmo? Mas será que só amor basta? O que mais é preciso? Ótima leitura!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 22 -  POR QUE SÓ AMOR... NÃO É SUFICIENTE 

POV BELLA
O tempo passa.

Por menos que você queira o tempo invariavelmente passa. 

Já se fazia dois meses desde que eu e Edward havíamos nos casado. Poderia considerar-me uma mulher feliz e muito amada, pois Edward era o marido perfeito. Beijava-me sempre, todos os dias varias vezes me dizia o quanto me amava, não se envergonhada de me abraçar e acarinhar em publico, nosso relacionamento nunca esfriava, ao contrario, a cada dia havia uma surpresa, a cada dia havia algo de novo, de diferente, que servia pra acender cada vez mais o desejo que nutríamos um pelo outro. 

Mas Edward não me contava a verdade. 

Ali estava eu sentada no carro de meu marido que segurava minha mão entre seus dedos enquanto dirigia pra empresa onde trabalhávamos. O fato de ele nunca me dizer logo que tentara me enganar a certo tempo atrás hoje me inquietava mais do que o normal. Estava agora sentindo uma enorme vontade de chorar. 

- Você está bem, meu amor? – Edward perguntou apertando suavemente meus dedos entre os seus enquanto me olhava com carinho. Meu coração se apertou no peito. 

- Só um pouquinho enjoada. – eu disse com um suspiro. – Deve ser TPM. 

- Você ta com um biquinho tão bonitinho. – ele disse também fazendo bico que eu tive uma quase incontrolável vontade de morder. Mas me controlei, não queria causar um acidente de transito. 

- Eu to meio esquisita hoje, meu bem. – disse e suspirei enquanto ele entrava na garagem da empresa. – Já devia ter “chovido na minha horta” semana passada, mas ainda nada. Deve ser o estresse do trabalho. 

Um silêncio reinou no carro e olhei pra ele que me olhava meio boquiaberto, seus olhos semicerrados e cenho franzido. Entendi na hora o que ele queria dizer. 

- Não seja bobo. Não estou grávida. Minha menstruação costuma atrasar de vez em quando e eu venho trabalhando muito ultimamente. Tanto no trabalho... – e ri safadamente enquanto me inclinava até ele e mordiscava o lóbulo de sua orelha. – quanto em casa. 

Ele riu e parou o carro me puxando contra seu corpo enquanto sua boca se encontrava com a minha em um beijo quente. 

- Já disse hoje que te amo? – ele sussurrou enquanto dava leves mordiscadas em meus lábios. 

- Hu-um. – resmunguei por entre suas mordidas. 

- Então eu digo agora. – ele riu e pegou meu rosto entre suas mãos enormes e macias me olhando profundamente nos olhos. – Te amo, minha vida. 

- Eu também te amo muito, muito. – suspirei me jogando sobre ele que me sentou em seu colo enquanto nos beijávamos com paixão. 

- É melhor sair daí senão vou te comer aqui mesmo, sua gostosa. – ele disse mordendo meu pescoço e apertando com firmeza minha perna. Gemi. 

- Quem manda ser tão apetitoso? – sussurrei e dei-lhe um ultimo beijo antes de escorregar pro meu banco. 

Saímos do carro e como sempre andamos de mãos dadas até o elevador. Não trocamos palavra, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Estava agora analisando o lindo homem que segurava minha mão com firmeza entre seus dedos e olhava distraidamente para o visor que mudava de numero conforme íamos passando pelos andares. 

Edward era muito perfeito. E agora eu tinha certeza de que ele me amava. Talvez ele não dissesse o que eu queria ouvir de sua boca por medo de me perder, talvez essa sua vontade de ter a empresa toda em seu nome tivesse passado, talvez agora ele me considerasse mais importante do que a empresa. 

E nesses inúmeros talvez meu amor gritava pra que eu confiasse no amor dele. E agora eu estava decidida a confiar plenamente e esquecer dessas bobagens que só me faziam sofrer. 

- O que está pensando, minha flor? – ele perguntou olhando-me com doçura enquanto seus dedos acariciavam minha face. 

- Em como eu tenho sorte de ter um homem maravilhoso como você. – disse e peguei sua mão, beijando a palma desta. 

- Eu é que tenho sorte. – ele disse e me abraçou enquanto aquele riso torto brincava no canto de seus lábios. – Você é a melhor mulher do mundo... e é minha mulher. 

- Só sua, Edward. Eternamente sua. – sussurrei e ele me tomou em um intenso beijo. Era sempre assim, não nos cansávamos de nos declarar um pro outro, de mostrar ao outro o quanto era intenso o nosso amor. 

Até que a porta se abriu pra acabar com a nossa alegria. 

Nos separamos e caminhamos até a sala de Edward. Ele deu-me um ultimo beijo e entrou em sua sala enquanto eu ocupava minha mesa. 

Estava começando meu trabalho quando meu interfone toca. 

- Isabella Swan, escritório de Edward Cullen. – eu disse apertando o botão do aparelho. 

- Bella, pelo amor de Deus desce aqui! – a voz de Alice praticamente gritou no interfone. Gelei. 

- O que aconteceu? – perguntei nervosa. 

- Vem aqui que eu te digo. – ela disse cada vez mais nervosa. 

- Calma aí que já estou chegando. – disse levantando-me e correndo até sua sala. 

Alice era do departamento de modas que ficava dois andares abaixo do meu. O elevador nunca foi tão devagar. 

Corri porta afora e passei por sua secretária que tinha os olhos arregalados. 

- Sra. Hale a espera, Sra. Cullen. – ela disse enquanto me indicava a porta. 

Uma leve batida e entrei, vendo a mesa uma mulher pálida e nervosa que tinha os cotovelos na mesa e as mãos na cabeça enquanto me fitava de olhos arregalados. 

- Estamos ferrados, Bella. – ela disse numa voz tremula. Aproximei-me da mesa analisando-a com atenção. 

- O que foi que aconteceu? – perguntei temerosa. 

- Meu pai sumiu. – ela disse e vi duas grossas lágrimas escorrerem por seu rosto. – E levou todo o dinheiro do cofre da empresa consigo. 

Desabei na poltrona em frente a mesa de Alice, minha boca aberta. 

- Como... ele... por que ele fez isso? – perguntei desnorteada. 

- Bella... tudo era somente um plano. – ela disse agora entre lágrimas. – Emmett descobriu tudo ontem e veio contar a mim e Jasper, nem procurou Edward por que ele é a vítima nesse caso. Meu pai usou Tânia como fachada quando roubou a empresa da primeira vez, Emmett estava a procurando escondido de todos e ela está levando uma vida muito modesta pra quem roubou uma empresa milionária. 

- Então foi ele? Desde o começo foi ele? – perguntei incrédula. – Mas quem roubaria a própria empresa? 

- Você não está entendendo. – ela disse e apertou os olhos com força. – Era tudo um plano. Ele mandou Tânia embora pra poder roubar os cofres, não deixou ninguém denunciá-la pra que não se descobrisse que era ele o tempo todo. Ele já mirava seu pai desde o começo, com certeza. Sabia que ele tinha uma filha que estava de saída do internato, onde cursou secretariado, e bolou tudo. 

- Ele... tudo era um plano dele. – eu repeti pra absorver a realidade. 

- Sim. Casando Edward com você ele teria logo acesso a sua fortuna, mais dinheiro entraria na empresa, ele reaveria as ações que lhe vendeu e de sobra ainda poderia pegar algo de você. 

- Tudo através de Edward. – murmurei incrédula. – Que sujeira! 

- Põe sujeira nisso! – ela disse enxugando os olhos com as costas das mãos. – Ninguém sabe ao certo, são apenas suposições. Mas ele nunca gostou da empresa tanto quanto Edward que vê minha mãe em cada pedaço disso tudo, o que importa é só o dinheiro. 

- Sua mãe? – perguntei sem entender. 

- Sim. Ele amava muito nossa mãe. Essa empresa veio da família dela, Edward cuida dela como se fosse uma parte que ficou quando nossa mãe se foi. É por isso que tudo isso tem um valor incalculável pra ele. E agora... vai tudo ruir. 

- Não, isso nunca! – falei de uma vez e Alice se sobressaltou. – Chame Emmett aqui. 

- Claro. – ela disse sem entender nada mas interfonou pra sala de Emmett que logo estava ali. 

- Precisam de alguma coisa? – ele perguntou enquanto se sentava ao meu lado. Estava muito abatido, seus olhos estavam fundos. Além do emprego dele que estava perigando eu sabia que ele e Edward eram grandes amigos. 

- Sim. Quero que você providencie os seguintes papéis pra mim: uma procuração em seu nome sobre minha poupança e outro documento onde eu passo todas as minhas ações pro Edward. – eu disse e ele arregalou os olhos. 

- Bella, você... – Alice começou mas eu olhei pra ela e disse com confiança. 

- É assim que tem que ser. O único aqui que sempre mereceu a presidência é meu marido e as ações estando em seu nome dará mais credibilidade ao que ele disser em frente aos acionistas. E meu dinheiro será suficiente pra tapar o rombo que seu pai fez. – disse apressadamente e virei-me de novo pra Emmett que estava paralisado. – Mexa-se, Emmett! E procure abafar essa notícia, não quero a imagem da empresa afetada pela cafajestagem desse homem. Desculpe, Alice! – eu disse virando-me pra ela de novo que me olhava boquiaberta. Apesar de tudo ele era pai dela. 

- Não, você tem razão. Meu pai não pensou em ninguém quando pegou esse dinheiro e sumiu. – ela disse enquanto passava as mãos pelo rosto nervosamente. 

- Então eu vou indo providenciar o que me pediu. – Emmett disse levantando-se e eu o imitei. 

- Bella, só você pode dar essa notícia ao Edward. – Alice disse com voz tremula. 

- Ta, eu vou tentar. – disse engolindo em seco. 

Saí da sala com Emmett que pegou um rumo diferente do meu, seguindo pelo corredor em silencio. 

Agora vinha a pior parte. Contar ao Edward que seu próprio pai havia roubado a empresa. Como dizer isso a uma pessoa que você ama tanto? 

Não me arrependia de ter pedido o que pedi ao Emmett e tampouco me arrependeria de passar pra Edward todo meu dinheiro da poupança, todas minhas ações. Por que se a empresa era tão importante assim pra ele... ela valeria cada um de meus esforços. 

Agora eu sabia que ele nutria um amor tão grande pela empresa e o motivo era a falecida mãe. E eu também sabia qual era a dor de ter essa preciosidade tirada tão precocemente da gente. 

Se a empresa era o reflexo de sua mãe, eu não deixaria que lhe tirassem isso. 

Tudo se resolveria. Mas ainda tinha que contar a ele que seu pai havia roubado tudo. Só de pensar nisso meu estomago deu uma reviravolta que me fez arfar. Não, enjôo agora não! 

Caminhei apressadamente pelo corredor e entrei com tudo na sala de Edward que me olhou espantado. 

- Bella, onde foi? Te procurei a pouco e... – viu minha expressão e levantou-se alarmado. – O que houve? 

- Edward... eu... – meu estomago revirou mais uma vez e eu engoli em seco respirando profundamente pra não vomitar. Minhas mãos estavam úmidas e minha cabeça estava pesada. 

- O que há, Bella? Está tão pálida. – ele disse contornando a mesa e vindo até mim. 

- Eu... eu... – e minha mente começou a falhar, tudo começou a girar enquanto eu perdia os sentidos, mergulhando no escuro da inconsciência. 

xxx 

Aos poucos meus olhos foram se abrindo enquanto tudo ia sendo aos poucos focalizado. O rosto preocupado de Edward foi a primeira coisa que vi. 

- Bella, meu amor! Que susto que você me deu? – ele disse apertando minha mão enquanto eu tentava me levantar de onde estava deitada. – Não, fique aí quietinha! 

- Onde estou? – perguntei num fio de voz olhando ao meu redor e arregalando os olhos. – Não me diga que estou em um hospital! 

- O que queria que fosse? Uma lanchonete? – ele perguntou sarcástico e eu lutei pra levantar mas ele me segurou pelos ombros. 

- Não quero ficar, Edward! – disse choramingando, meu estomago ainda embrulhado. – Não gosto de hospital! 

- Não é pra gostar! É pra se tratar quando não se está bem. E você decididamente não está bem. – ele disse sentando-se na beirada de minha cama. – O enfermeiro já veio aqui e já tirou um pouco de sangue pra uns exames básicos. Logo o médico vem te ver. 

- Você deixou que me furassem? – perguntei analisando meu braço onde tinha um esparadrapo pequeno. – Doeu, sabia? 

- Deixa de ser manhosa e mentirosa, mocinha. – ele disse rindo e dando-me um beijo na testa. – Você estava desmaiada e se eu não te contasse nem saberia que foi furada. 

- Continuo não gostando de estar aqui. – disse com um bico, meu estomago dando sinais de vida. 

- Mas é birrenta essa minha pequena... – Edward disse rindo e colocando uma mecha de meus cabelos atrás de minha orelha. – Antes de você desmaiar tive a sensação de que queria me contar alguma coisa. – ele disse lentamente olhando em meus olhos. – O que era? 

Pegou-me totalmente de surpresa. Mordi meu lábio inferior olhando cada detalhe daquele rosto lindo. Por onde começar? 

- Diga, Bella. – ele incentivou pegando em minha mão. – O que é que lhe aflige tanto? 

Engoli em seco e inspirei profundamente. Eu tinha mesmo que dizer, então que seja. 

Mas a porta se abriu e um senhor todo de branco entrou no quarto. Apertei a mão de Edward com força e o ouvi rindo de mim. Tudo bem, seu sabia que parecia uma criança medrosa, mas eu sempre tive pavor de hospital. 

- Você deve ser Isabella Swan Cullen, não? – ele disse olhando em uma ficha e analisando-me por cima de seus óculos. 

- É muito grave, doutor? – perguntei arregalando os olhos e levando a mão a boca. – Eu vou morrer? 

- Bella, não seja dramática. – Edward revirou os olhos. 

- É por que não é com você! – eu disse fungando pra ele. 

- Acalme-se, Isabella! Não está doente e nem vai morrer. Pelo menos não pelo que seus exames em mostram. – o médico disse em um meio sorriso. 

- Então não tenho nada? – perguntei ansiosa. 

- Não, você tem sim. Uma nova vida dentro de você. – ele disse e meu queixo caiu. – Parabéns, Isabella! Está grávida! 

Surpresa? Não, que isso! Eu nem estava surpresa. Apenas não conseguia nem fechar minha boca que estava escancarada enquanto eu olhava incrédula pro médico. 

Mas por que eu estava tão surpresa assim? Eu e Edward nunca nos previnimos. Era natural engravidar, não? 

- Bom, passado o susto, parabéns aos futuros pais. Já está de alta, Sra. Cullen. – ele disse e balançou a cabeça antes de sair. 

Olhei pra Edward que estava ao lado de minha cama, agora de pé, as mãos nos bolsos, o rosto sério enquanto olhava fixamente pro chão. 

- Edward... amor... eu sei que você provavelmente não queria um filho agora... mas, aconteceu né... – eu disse nervosamente enquanto ele continuava a olhar fixamente pro chão. 

- Por que mentiu pra mim, Bella? – ele disse lentamente e seus olhos me fitaram com o que eu julguei ser tristeza. – Por que zombou do meu amor? 

- Do que está falando, Edward? – perguntei confusa. – Estou esperando um filho nosso! Vou ser mãe e você vai ser pai. 

- Você vai ser mãe. – ele disse, suas narinas se inflando enquanto seus olhos se fechavam, ele respirando profundamente tentando se controlar. – Mas eu não vou ser pai. 

- O que está dizendo? – perguntei em pânico. Que brincadeira de mal gosto era aquela? – Estou grávida de você! 

- Não, não está! – ele gritou, todo o controle indo ralo abaixo. Seus olhos se abriram enquanto ele me olhava cheio de fúria. – Eu não posso ter te engravidado, Bella! Por que eu sou estéril! 

Meu mundo girou. Apática, olhei no fundo daqueles intensos olhos verdes buscando ainda aquilo tudo ser uma brincadeira, uma cruel e dolorosa brincadeira. 

- Como assim... estéril? – perguntei num fio de voz. 

- Não te contei, não é? – ele disse com voz desdenhosa. – Tive caxumba aos cinco anos e o médico garantiu a minha mãe que eu jamais teria filhos. Portanto esse filho não pode ser meu. O Jacob... – ele disse e inspirou profundamente antes de continuar. – Ele é o pai? 

- Não, Edward! Já disse, Jacob é meu amigo! Eu nunca, nunca te traí! – disse desesperada sentindo as lágrimas descerem por meu rosto. – Acredite em mim! 

- Pára de mentir! – ele gritou passando os dedos em meio a seus vastos cabelos acobreados enquanto dava voltas em torno de si mesmo. – Não tem mais como fingir que não me traiu! Aí está a prova! Está grávida de outro, Isabella! 

- Esse filho é seu! – gritei entre soluços enquanto me ajoelhava na cama, meu corpo trêmulo. – Você é o único homem que tocou em mim! 

- Mentira! – ele urrou vindo até mim com os punhos fechados contra o corpo. – Pelo menos uma vez diga a verdade! Diga com quantos andou me traindo, Isabella! 

Um tapa no rosto. Minha mão foi incoscientemente até sua face onde bati com toda minha força. Seu rosto moveu-se com o impacto enquanto eu sentia minha mão arder. Mas não doía mais do que meu coração que sangrava com suas infundadas acusações. 

- Nunca mais diga tal coisa. – solucei enquanto ele permanecia imóvel a minha frente. – Sabe que te amo, Edward. Jamais te traí. Acreditei em você, apenas lhe peço que acredite em mim. Vamos fazer mais alguns exames, certamente você não é estéril e... 

- Desista, Bella. – ele disse levantando a cabeça e me olhando com rancor. – Não acredito mais em você. Não perdôo quem mente e me trai. 

- É uma pena. – eu disse com tristeza. – Por que eu te perdoei uma vez quando me traiu, por que eu te perdoei quando mentiu pra mim. Se não quer ser o pai de meu filho, não tenho mais nada a lhe dizer. Saia daqui e não olhe pra trás. Mas saiba que está cometendo um grande erro. 

- Erro eu cometi ao acreditar em você. – ele disse amargurado e saiu do quarto batendo a porta com força. 

Desabei em soluços desesperados escondendo o rosto nas mãos. Como ele podia desconfiar assim de mim? Duvidar de meu amor, de minha fidelidade? Será que ele não via que esse filho não podia ser de outro? 

Como eu faria agora pra viver sem ele? 

Como sobreviveria se eu me resumia a ele? 

Mas por meu filho eu deveria prosseguir, somente por ele eu deveria ser forte e seguir em frente. 

- Bella... posso entrar? – a voz grave e baixa de Emmett perguntou e ergui meus olhos nublados pelas lagrimas até o rosto triste de Emmett. 

- Entre, Emmett. – ele entrou e fechou a porta caminhando até minha cama. 

- O que houve, Bella? – ele perguntou meio sem jeito enquanto se sentava na cadeira ao lado de minha cama. – Edward saiu totalmente transtornado daqui. 

- Acabou, Emmett. – eu disse limpando as lagrimas que escorriam com abundancia de meus olhos. – Edward me deixou. Mas isso não importa. – fiz um gesto calando-o. – Trouxe os papéis que pedi? 

- Sim, estão aqui. – ele disse lentamente enquanto me passava os documentos e me instruía de onde assinar. Muitas de minhas lagrimas caíam enquanto eu assinava os documentos que passariam a Edward todas minhas ações. 

Enfim ele teria o que queria. 

Enfim ele conseguiu o que tanto buscou. 

E eu saíra muito mais machucada do que imaginara. 

Será que tudo acabaria... assim?

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