06 março 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 21

Boa noite pervinhas! Parece que Jake é um homem de pouca fé e Edward continua o mesmo ciumento..  É... tem coisas que não mudam nunca. Ótima leitura!!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 21 - SE ME AMA, CONFIE EM MIM! 

POV BELLA

Jake tamborilava impacientemente os dedos no volante de seu carro enquanto eu o encarava firmemente. Mal dava pra ver o que vinha a nossa frente, pois a chuva caía sem trégua, os carros andando lentamente no tráfego congestionado. 
- Não quero meter-me em sua vida, Bella. – ele disse secamente sem, no entanto olhar em meu rosto. 

- Mas então tira essa carranca de quem perdeu a mãe na feira. – eu disse nervosa. – Ou fala ou desemburra. 

Ele hesitou por um momento, abriu a boca por duas vezes até que seus olhos castanhos encontraram os meus. Havia muita preocupação e tristeza naqueles olhos que eu conhecia há tão pouco tempo, mas dos quais eu aprendera a gostar. 

- Tenho medo por você, Bella. Medo de que essa mudança repentina por parte dele seja apenas uma nova tentativa de te enganar. – meu coração se apertou e meus olhos se encheram de lagrimas. Não sabia se era pelo medo de que o que ele dizia pudesse ser verdade ou se pelo fato de que meu mais novo melhor amigo a quem eu me apegara tanto não estava feliz por eu estar feliz. – E se ele te abandonar? E se ele te enganar? Nesse um ano você irá sentir-se dependente dele, Bella, irá se apegar cada vez mais aos carinhos que supostamente ele te dispensa. Vai sofrer muito mais se ele a deixar depois de tanto tempo. 

Senti a raiva borbulhar dentro de mim, minhas mãos cerradas em meu colo enquanto meu coração batia descompassadamente. 

- E o que quer que eu faça, Jacob Black? – perguntei entre lágrimas que desciam sem parar pelo meu rosto em um choro silencioso. – É muito fácil julgar ou dar palpites estando de fora, mas só quem está dentro pra dizer o quanto é difícil decidir. Quer que o abandone? Não posso, Jake. Simplesmente não posso! Eu tentei, juro que tentei partir, mas aí... ele me pediu pra ficar e eu vi o arrependimento em seus olhos. E isso foi o fim pra mim, não poderia partir depois disso. 

Limpei minhas lagrimas com as costas das mãos enquanto Jacob parava o carro em uma fila que pelo vidro embaçado parecia não ter fim. Mas não prestávamos atenção ao que acontecia do lado de fora, nem sei como Jacob dirigia estando com os olhos fixos em mim, olhos castanhos de onde escorreram duas grandes lágrimas enquanto ele observava meu sofrimento. 

- A mim só resta acreditar em sua mudança e rezar pra que ele não mais me engane, pra quem sabe um dia ele venha até mim e diga que se arrependeu de ter se casado comigo apenas pelas ações. Dizer, Jake, só quero ouvir da boca dele, pois dos olhos eu já ouvi, li neles um sincero arrependimento. 

Aproveitando que o transito parara, Jake deixou o volante e me puxou pra um abraço apertado, suas mãos grandes acariciando meus cabelos enquanto ele beijava minha testa. 

- Ah, Bells! Se eu pudesse tirar esse cara de seu coração! Por mais que você diga acreditar em todo o seu amor e arrependimento, eu não consigo tirar esse mau pressentimento que me enche o peito. Sei que não tenho o direito de opinar, sei que é difícil pra quem ama simplesmente partir quando o outro te pede pra ficar e também sei que quando se ama não existem mais medidas pro certo ou errado, que fica difícil decidir o que tem de ser feito. Mas, apesar de te conhecer a tão pouco tempo, meu peito se contrai só de eu pensar alguém te magoando. Já te disse e repito, Bells: és pra mim como uma irmã mais nova, a irmã que nunca tive. Se pelo menos eu gostasse de garotas, eu tentaria de todas as maneiras possíveis te conquistar pra te afastar de Edward e impedir que ele te faça sofrer. 

- Por que é tão difícil pra você acreditar que ele possa ter mudado, Jake? – perguntei com minha voz abafada contra seu peito musculoso. 

- Por que eu já conheço a fama de Edward há algum tempo. E não creio que ele mudaria tão drasticamente. 

- Nem por minha causa? – perguntei magoada e ele pegou em meu rosto fazendo com que nossos olhos se encontrassem. 

- Se eu acreditasse que ele te ama de verdade, acreditaria na mudança. Mas... desculpe, não consigo acreditar, por mais que eu tente. Desculpe, Bells, se não estou feliz quando você está feliz, mas é por que gosto de você que estou triste. E com medo, medo de você se magoar ainda mais. 

- Não fique, Jake. Lancei todas as minhas fichas nesse casamento, se falhar, se eu perder, terei perdido tudo mas com a certeza de que pelo menos eu tentei e que terei a capacidade de seguir em frente e recomeçar sem arrependimentos. 

- Mas está convicta de que isso dará certo? – era mais uma afirmação do que uma pergunta, e eu ri me afastando dele enquanto o carro começava a se mover vagarosamente pela fila imensa de veículos. 

- Mesmo se você fosse um garoto que gostasse de garotas, como você mesmo disse, isso não mudaria em nada, Jake. Pois o único homem que me interessa no mundo todo é o meu amor. Isso responde a sua pergunta? 

- É, eu acho que sim. – ele disse rindo tristemente. Levei minha mão até seu rosto e acariciei-o de leve, cheia de gratidão por esse precioso amigo. 

- Quem ama, confia. Se me ama, confie em mim assim como eu confio em Edward e em suas promessas. 

- Vou confiar, Bella. Mas estarei sempre por perto se algo der errado, disso tenha sempre certeza. – ele disse com o sorriso mais lindo desse mundo. Se eu não amasse Edward da maneira tão intensa que eu amava e Jake não gostasse de rapazes, eu até poderia confundir essa intensidade do que sentia por ele. Mas não nessa vida. Nessa vida ele era uma parte importante, só que como meu melhor amigo, pois como meu homem já tinha um que preenchia muito bem a vaga. E como preenchia! 

POV EDWARD 

Eu matava um ainda hoje! Ainda hoje eu matava um! 

Onde Isabella Marie Swan, que pelo que eu ainda me lembrava dizia ser minha digníssima esposa, se enfiara? 

Bom, além de ter me deixado ir pra casa sozinho pra conversar (leia-se fofocar) com suas amigas, me promete que não vai demorar. 

E que horas são agora? Um doce pra quem adivinhar! Apenas onze horas da noite. Apenas. 

Que isso, nem é muito, só fazem, me deixa ver, cinco horas, eu disse cinco horas, desde que eu saí daquela empresa deixando a minha mulher nas mãos de Ângela. Tinha que ser justo com a Ângela? Não podia ser uma mulher um pouquinho mais... normal? 

Andava furiosamente de um lado para o outro na sala de estar da NOSSA casa, roendo furiosamente as unhas. Onde Bella se enfiara? 

Eu esperara “calmamente” até as oito quando tentei ligar em seu celular. Caixa postal, isso já me deixou maluco! Sai e nem repara que o celular ta desligado. Ou será que ela tinha desligado de propósito? 

Não, não pense nisso. Edward, não pense nisso pois isso é coisa que os outros estão botando em sua cabeça... não! Isso nunca! Ninguém nunca botará nada nessa linda cabecinha! 

Edward Corno Cullen já-mais! 

Então liguei pro celular de Alice já que eu tinha quase certeza de que ela estava participando dessa “reunião”. Se for algo fora do normal, ela devia estar no meio. 

- Alow! – quem atende ao telefone dizendo “alow”? Era muito pior do que alôzinho, que era como ela atendia ao telefone até a adolescência. 

- Bella está aí, Alice? – perguntei gritando, pois o barulho de música, gritos e risadas do outro lado da linha era tenso. 

- Não, Edward. Bella saiu daqui já a algum tempo. – ela disse gritando ainda mais alto do que eu. Se normalmente ela já falava alto, imagina se tiver que gritar! 

- Mas ela ainda não chegou aqui! – eu reclamei já ficando aflito. 

- Oh, não se preocupe. – ela disse despreocupadamente. – Ela está com Jacob. Eles podem demorar mas ele vai entregá-la sã e salva na sua casa. – devo dizer que esqueci como se faz pra respirar? Espere eu recuperar o fôlego que eu digo então. Um barulho ensurdecedor do outro lado da linha. – Oh my god! Edward, tenho que desligar por que a Ângela acabou de cair do lustre. Ângela, você ta bem? – ela gritou desligando o aparelho. 

E agora ali estava eu sem unhas, sem paciência, com minha cabeça pesando só de medo do suposto acessório que estavam querendo me colocar e precisando de um celular novo. Eu não contei? Sapateei feito criança em cima do meu quando Alice desligou. Pelo menos isso me deixou menos nervoso. 

Um barulho de carro me chamou a atenção quando dois faróis iluminaram a janela da sala onde eu estava. Sorrateiramente fui até a janela e observei lá fora. 

A chuva tinha parado a alguns minutos e eu pude ver claramente quando Bella abriu a porta do passageiro rindo feito uma hiena, debruçou-se até o cachorro (eu ainda mata, assassino, torturo e trucido aquele cachorro! Essa é minha meta antes da minha morte.) e vi horrorizado que eles estavam se beijando! Eu não podia ver claramente o beijo mas eu percebi que ela estava sim o beijando. Só não deu pra ver onde. 

Ainda mais nervoso (se é que isso pode ser possível) esperei ainda em pé no mesmo lugar, meu lábio inferior preso entre meus dentes pra impedir que eu fizesse uma loucura. 

E finalmente a mulher que me presenteara com as horas mais torturantes de minha vida entra sala adentro e se assusta ao me ver parado a encarando firmemente. Acho que minha cara devia estar meio assustadora. Por que será? 

- Edward! Ainda com as roupas de trabalho? – foi a primeira coisa que ela disse, sua testa franzida e seus olhos não perdendo esse detalhe. 

- É por que eu estava esperando a minha ESPOSA chegar pra que pudéssemos tomar um banho juntinhos. – eu disse sarcasticamente. – Mas o engraçado é que ela me disse que não demoraria, chegando em casa cinco horas depois de eu ter me despedido dela. Acho que nossa noção de tempo é meio diferente, querida! 

- Por que está falando alto e desse jeito? – ela disse começando a se irritar. – Que bicho te mordeu? 

- Que bicho me mordeu? – perguntei incrédulo. – Eu liguei pra Alice as oito e ela me disse com todas as letras que a Sra. Cullen havia saído já há algum tempo acompanhada de nada mais nada menos do que um tal de Sr. Black. E já se passaram três horas desde que saíram de lá. Será que não é motivo suficiente para eu ficar mordido? 

- Você tem olhos? Por que se tem, não faz uso deles! Não viu que estava chovendo? O trânsito estava horrível! – ela disse jogando a bolsa no sofá. Típico de mulher quando vai começar a fazer barraco. Seus olhos faltavam soltar faíscas, estava muito nervosa. 

Ótimo por que eu já estava fora de mim mesmo! Até um antigo tique que me fazia piscar o olho direito seguidas vezes, havia voltado. Pronto, ta bonito! Agora eu tenho um defeito! 

- Ah, tudo bem! Suponha-se que eu acredite que vocês estivessem apenas presos no transito e que não houve nada entre os dois nesse meio tempo. O que ele estava fazendo na casa de Ângela? Não era uma reunião de garotas? Ou ele estava era fazendo um streap-tease para vocês? Ele é go go boy e eu não estou sabendo? – perguntei aos gritos. Nunca estivera tão nervoso, nem quando meu pai me disse que eu tinha que me casar com Bella. 

- Vá à merda! Já cansei de te dizer que Jake é apenas um amigo. Se quiser acreditar, acredite, se não quiser, vá se foder! – ela disse pegando a bolsa e virando as costas. 

- Onde pensa que vai? – perguntei andando até ela. 

- Pro meu quarto. E para de berrar que eu não sou surda! – ela disse sem ao menos se virar. 

- Mas nossa conversa ainda não acabou. – eu disse pegando-a pelo braço e puxando-a contra meu corpo, obrigando-a a me olhar. 

- Não temos mais o que conversar, Cullen. Se não confia em mim, não existem motivos pra eu estar aqui. – ela disse tristemente, uma lagrima brotando no canto de seus lindos olhos. 

Puxei-a para um abraço apertado, seu delicado corpo aconchegado junto ao meu, meus dedos acariciando seu perfumado e sedoso cabelo. 

- Desculpe, Bella. Desculpe-me mesmo! É que eu fico fora de mim apenas com a mínima possibilidade de te perder. – eu disse com a voz rouca pelas lagrimas que me apertavam a garganta. Ela levantou seus olhos até os meus e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos. 

- Quando digo que te amo não estou brincando Edward. Nunca antes disse isso a nenhum outro, nunca antes amei nenhum outro. E jamais amarei depois de você. – pegou delicadamente meu rosto em suas mãos e beijou delicadamente meus lábios, desceu acariciando meu queixo com sua pele macia e depois depositou mais selinhos em minha boca. – Não desconfie de mim, Edward, pois eu confio em você. Por que eu te amo. 

Tomei-a em meus braços aprofundando nosso beijo, minha língua urgente querendo demarcar ali meu território, minhas mãos ávidas percorrendo seu corpo tirando sua roupa enquanto ela me despia também. 

Parecíamos dois esfomeados há meses sem sexo, mas não era apenas o intenso desejo sexual que nos envolvia. Era o sentimento, essa coisa sufocante que nos enche de insegurança, essa coisa tão gostosa a quem chamam de amor. 

E eu a amava incondicionalmente. Queria fazê-la ver que eu a amava mais do que minha própria vida, mas isso eu só conseguiria quando pudesse enfim contar-lhe toda a verdade, sem mais nenhuma mentira entre nós. 

Ela disse que confiava em mim e eu tinha medo que essa confiança ruísse quando eu lhe dissesse que pretendia roubá-la quando nos casamos. Tinha medo de ter que aprender a viver sem ela. 

Deitei-a delicadamente no tapete da sala e distribui beijos por todo seu lindo corpo nu, ela se retorcendo sob minhas caricias. 

- Vem, Edward. – ela chamou me puxando pra cima e atacando meus lábios ao mesmo tempo em que envolvia minha cintura com suas pernas. 

Penetrei-a lentamente, ela rebolando pra me fazer deslizar com mais facilidade por sua carne macia e apertada. 

- Tão... gostosa. – gemi mordiscando seu pescoço enquanto começava a me mover com delicadeza no principio, Bella gemendo e arremetendo seu quadril contra o meu, acompanhando meu ritmo na dança mais antiga e deliciosa do mundo. 

Nossos movimentos foram se acelerando, nossos gemidos foram se tornando gritos de prazer enquanto eu estocava furiosamente dentro de Bella, sentindo-me tocar cada pequena parte dela, dando-lhe o prazer que merecia. 

Logo meu corpo foi tomado por intensos espasmos ao mesmo tempo em que o corpo de Bella estremecia embaixo do meu, nossas bocas se unindo ao mesmo tempo em que meu liquido ia se encontrar com o seu, mesclando o que era meu com o que era dela. 

Agora abraçado a mulher mais linda do mundo, eu desejei de toda minha alma que ela fosse realmente apenas minha. Tão somente minha. 

Assim como eu era somente dela.

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