13 fevereiro 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 7

Boa noite pervinhas!!! Hoje temos a consumação do tão esperado casamento... Só que não! Sem mais delongas... Ótima leitura!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 7 - HUMILHADA E VINGATIVA 
POV BELLA

Era um sonho. Edward, o homem da minha vida, estava lindo, no altar me esperando. Não me importei com o buchicho que se seguiu depois que apareci, o que me prendia eram aqueles olhos dourados que estavam fixos em mim, a boca ligeiramente aberta diante da nova Bella que caminhava pra ele. Desviei meus olhos só um pouquinho e pisquei pra Alice, que retribuiu a piscadela e sorriu pra mim. Devia tudo á ela, toda minha mudança no visual, toda a festa, tudo.

Depois que Alice me arrumara, não acreditei ser eu aquela que me olhava do espelho. Eu estava... 

- Linda! – Alice completou meu pensamento com pulinhos de alegria – Sabia que ficaria perfeita nesse vestido! 

- Não parece... ser eu. – murmurei incrédula. 

- Mas é você Bella. Olhe. – ela segurou-me pelos ombros e olhei meu reflexo ao lado do dela. Nunca me imaginei assim. – Você escondia-se debaixo daquelas roupas, querida. Está na hora de sair da caverna e encarar o mundo de frente. 

Pelo rosto de Edward, ele apreciara minha mudança. E pelo burburinho geral dos convidados, eles também. 

Quando ele beijou minha mão olhando ardentemente em meus olhos, tive um acesso de luxúria, senti seus olhos a despirem-me e tive vontade que estivéssemos sozinhos. Mas logo estaríamos. 

Depois da cerimônia, vi-me cercada por pessoas que me abraçavam e desejavam felicidades, afastando-me de Edward. 

- Onde está Edward? – perguntei para Ângela, que estava ao meu lado com o buquê que eu fizera questão de jogar em suas mãos no meio daquela multidão de solteiras eufóricas. Sempre fui boa de mira. 

- Eu o vi seguir com Jasper praquele cantinho do jardim. – ela disse e segui com ela até lá, cochichando e rindo com Ângela, que fazia piadas maldosas e picantes sobre Lua de Mel. 

- Não suporto ficar perto dela, Jasper! – a voz de Edward disse, nervosa. – Por esse maldito contrato, por essa maldita procuração, fui obrigado a armar esse circo que é esse casamento. Se Tânia não nos tivesse roubado, não teria que recuperar essas malditas ações. 

Olhei chocada para o rosto de Ângela que me olhava confusa, sem nada entender. Antes que eles nos vissem, saí correndo pelo jardim, as lágrimas vertendo de meus olhos para minha face, com Ângela logo atrás de mim. 

Como fui burra! Como pude imaginar que Edward Cullen fosse interessar-se por uma esquisita como eu? Como? E a tonta até estava fazendo planos pra lua de mel, pra agradá-lo, satisfazê-lo, surpreende-lo. 

Sentei-me num banco do jardim, os ruídos da minha festa chegavam abafados até mim. Soluços me sacudiam o corpo enquanto lágrimas borravam minha maquiagem. 

- Bella? – a voz de Ângela chamou e ergui o rosto para encará-la. 

- Ele... se casou comigo... só pelo dinheiro! – eu solucei e Ângela sentou-se ao meu lado, me abraçando. 

- Calma Bella. Respira e me explica, por que eu to confusa. Não é o Edward o rico na história? 

Respirei fundo e entre lágrimas contei tudo á ela, desde o rombo nos cofres até a minha sociedade. Ela ouviu tudo em silêncio e tive medo de que ela ficasse zangada comigo por ter-lhe omitido que eu era muito rica. 

- Ang eu... me desculpa... – mas ela interrompeu, abraçando-me ainda mais forte. 

- Não precisa se desculpar amiga. – ela disse sua sinceridade me doeu. – Sinto muito por você. 

- E agora Ang? O que eu faço? – choraminguei. 

- Desistir do casório é que não é! – ela bradou e segurou meus ombros, olhando-me nos olhos – Você vai lavar esse rosto, vou refazer sua maquiagem e vai voltar pra festa. 

- Como assim Ang? Acabo de saber que Edward não suporta ficar ao meu lado, que se casou só pelo meu dinheiro e você ainda quer que eu volte pra festa? Só falta me dizer que quer que eu vá com ele pra minha lua de mel! – eu disse sarcástica. 

- Exatamente! – ela disse, maliciosa. 

- Ang! Você ta louca? – eu perguntei horrorizada. 

- Não Bella! Eu tenho um plano. Vamos deixar esse desgraçado louquinho por você. Vou pedir ajuda á Alice e Rosalie, vamos fazer o seguinte... – e começou a falar de seu plano enquanto me arrastava para o banheiro feminino sem que ninguém nos visse. 

- Você está realmente louca Ang! – eu disse escandalizada enquanto ela me maquiava – Não vou ser capaz de fazer uma coisa dessas! 

- Vai, claro que vai! – ela afirmou, dando um toque final – Toda vez que tiver que encenar, lembre-se do golpe do baú que ele quase te deu e que te traía com Jéssica. 

- O que? – perguntei chocada. 

- Ah, Bella, vai dizer que você nunca desconfiou? Até tarde no escritório... – ela disse e fez um gesto significativo. Edward Cullen me fez de palhaça. Que ódio! 

- E o Emmet? Será que ele vai concordar? – perguntei, apreensiva. 

- Claro que vai Bella. A Rosalie sabe ser persuasiva! – ela riu maliciosa – Agora respira e volta pra festa que ta quase na hora da valsa dos noivos. 

Inspirei profundamente e me enchi de coragem. 

- Você é bonita, sexy e poderosa. Vamos, repita comigo, Bella! – Ang resmungou ao meu lado enquanto atravessávamos o salão. 

- Sou bonita, sexy e poderosa! E vou matar Edward Cullen! – resmunguei quando o vi. 

Ele conversava nervosamente com Jasper e vi o alívio em seu rosto quando me viu. “É, né, cachorro! Pensou que tivesse perdido seu mapa do tesouro hein? Só que vou te mostrar já já o que você vai encontrar no X vermelho.”,pensei, trincando os dentes. 

- Bella, onde você estava? – perguntou pegando em minhas mãos. 

- Fui ao banheiro com Ang. – respondi no momento quem que uma música suave começou a tocar. 

- Bom, acho que é hora da valsa. – ele disse olhando profundamente em meus olhos. “Você não vai me enfeitiçar Don Juan de merda!”, pensei enquanto puxava-o pela mão pra pista de dança. “Vou te dar o troco... ah, se vou!”. 

Edward segurou-me firmemente pela cintura e com a outra mão pegou uma das minhas e colocou no peito, entre nós dois. Por um momento, quase me esqueci do plano, mergulhada em seus lindos olhos dourados, mas retomei o rumo a tempo e recoloquei a mascara. 

- Não danço muito bem. – eu disse sorrindo. 

- Não tem problema, eu conduzo você. – ele sorriu de volta e começamos a dançar. Convencido! – Você está realmente linda esta noite. 

- Me arrumei pensando em você. – eu disse sedutoramente entrando no jogo.– Você nem imagina as coisas que comprei pensando em como você gostaria. 

- Que coisas? – ele perguntou limpando a garganta. 

- Surpresinhas. – eu sussurrei em seu ouvido e vi sua pele se arrepiar. Hum, parecia estar funcionando. – Mal posso esperar pra chegar em casa e te mostrar o que comprei pensando em você, na nossa noite. – completei e dei uma leve mordida em seu pescoço. Senti sua mão apertar mais ainda minha cintura e sua respiração se acelerar. Ele me desejava, isso era ótimo! Agora era uma questão de honra seduzir esse canalha. 

- Pare com isso Bella, ou te agarro aqui mesmo! – ele ameaçou com voz rouca roçando seus lábios em meu pescoço fazendo com que correntes elétricas passassem pelo meu corpo. “Foco Bella, foco. Seduza, não se deixe seduzir. Você controla o jogo agora!”. 

- Seria excitante, sabia? – sussurrei em seu ouvido, curtindo o efeito que isso lhe causava – Adoraria ser tomada por você aqui, no meio de todo mundo. 

- Sério? – ele perguntou. Agora sua mão acariciava minhas costas, incendiando todo meu corpo. – Não teria vergonha? 

- Com você, a única coisa que sinto é tesão. – disse e mordi o lóbulo de sua orelha, afastei-me um pouco e olhei-o nos olhos. Suas pupilas estavam dilatadas, assim como suas narinas, e sua respiração era ofegante. Ele estava louco de desejo e eu causara isso. Não conhecia esse meu lado sedutor e estava adorando a descoberta. “Obrigada, Ang!”, pensei e mordi o lábio inferior sedutoramente e os olhos de Edward concentraram-se em minha boca. Vi seu pomo de adão subir e descer quando engoliu em seco e passou a língua por seus lábios, que estavam secos. 

- Quer me beijar? – sussurrei com a cara mais safada que consegui. 

- Sim. – ele respondeu com a voz rouca, aproximando sua boca da minha, mas desviei no último instante e sussurrei em seu ouvido. 

- Aqui não. Vamos pra casa. 

Não precisei dizer duas vezes. Ele me puxou pela mão, atravessando o salão diante dos olhares curiosos dos convidados. Sorri para alguns deles e avistei Ang do outro lado do salão, pisquei pra ela e fiz sinal de positivo. Ela riu e balançou a cabeça como se dissesse “não falei?”. 

Edward parecia possuído. Entramos em seu Volvo e ele arrancou cantando pneus em direção a nossa nova casa que ficava em um condomínio fechado a alguns minutos dali. Fora um presente de Charlie, meu pai, e eu a amara. Já vendo nossos filhos correrem por toda aquela mansão. Mas agora não existiria mais nenhum filho, não tinha mais futuro. Só minha pequena vingança, só a lição que Edward Cullen merecia. 

Não trocamos uma palavra até chegarmos a nossa casa. Estacionou o carro em frente à porta e saiu do carro, dando a volta e abrindo minha porta. Fui praticamente arrancada do carro e puxada para o beijo mais quente da minha vida. 

Os lábios de Edward se encaixaram nos meus, famintos, exigentes, enquanto sua língua se enroscava a minha em uma dança erótica, sensual. Senti o chão fugir debaixo de meus pés e percebi que ele me carregava pra dentro da casa, sem nunca interromper o beijo, suas mãos me apertando firmemente de encontro á seu peito. 

Eu estava me sentindo anestesiada pelo desejo que meu corpo sentia pelo corpo dele, seu calor, sua respiração tão cheirosa, sua saliva saborosa, tudo nele me incendiava. Chegamos ao quarto e ele me atirou na cama deitando sobre mim enquanto continuava a devorar meus lábios. “Saia daí!”, minha consciência berrava enquanto eu tentava afastar aquele Deus de luxúria antes que ele destruísse meu vestido. 

- Ed, calma! Deixa eu me trocar! – eu disse enquanto ele me mordia o pescoço e os ombros. 

- Não precisa, Bella. Eu te quero sem roupa nenhuma. – ele disse rouco, atacando novamente meus lábios. O desejo me tomou mais uma vez até que percebi que ele descia o zíper do meu vestido. 

- Pára, Edward, PÁRA! – eu gritei e ele parou preocupado. 

- O que foi? – perguntou confuso. 

- Me dá só um tempo pra eu me trocar. - eu disse levantando-me e segurando o vestido para que não caísse. – Tem a surpresinha que eu te prometi. – eu disse com malícia. 

Ele mordeu o lábio inferior e me olhou cheio de desejo. 

- Então vai logo. – ele disse, com a voz rouca de desejo – Mas não demora. 

- Prometo que volto logo. – eu disse piscando e indo até o banheiro. 

Coloquei a camisola provocante que Alice havia comprado pra mim e respirei fundo uma dúzia de vezes. “Foco Bella, foco. Você pode resistir! Você vai resistir!”. Mas eu sabia como ele reagiria ao me ver vestida daquele jeito, com tão pouco pano sobre o corpo. Alice tinha razão, eu tinha um corpo tão bonito que eu desvalorizava com as roupas erradas. Mas a antiga Bella havia morrido e uma Bella melhor e mais esperta tinha renascido. Edward pagaria caro por sua canalhice, ah se pagaria. 

Saí do banheiro e o vi sentado na cama, encostado na cabeceira com as duas mãos atrás da cabeça e ele só estava usando uma boxer... branca! Oh, céus, daí-me forças! 

Vi seus olhos percorrerem meu corpo todo e percebi sua enorme excitação debaixo daquela tentadora boxer. 

“Foco, foco, foco!”, pensei rapidamente e fui aproximando-me da cama. Seus olhos me devoravam. 

- Você é perfeita! – ele disse e ajoelhou na cama se aproximando de mim e tentou me abraçar, mas rejeitei seu abraço. Ele me encarou confuso. – O que foi? 

- Mudei de idéia. Eu não quero. – eu disse séria. Bom eu sabia mentir bem pelo menos. 

- Não quer? Como assim não quer? Que brincadeira besta é essa? – ele perguntou incrédulo. 

- Ora, não querendo. E não é brincadeira, falo sério. Estou cansada. – eu disse, dando a volta na cama e deitando-me embaixo do edredom. Edward me encarava bestificado. 

- Bella, o que está fazendo? – perguntou incrédulo ainda ajoelhado na cama. 

- Tentando dormir e você deveria fazer o mesmo. – eu disse secamente. “Foco, foco, foco! Sua vagina não domina sua mente!”, eu pensei desesperada. Dormir ardendo de desejo por um monumento daquele que dormiria ao meu lado? Impossível! 

- Você vai mesmo me deixar assim? – ele perguntou, se aproximando de mim, mas eu virei-me de costas pra ele. 

- Ah, você pode dar um jeito nisso! – eu disse, engolindo em seco. Eu o estava torturando ou sendo torturada? Pergunta difícil. 

- Mas... – ele ainda tentou. 

- Dormir, Edward! Amanhã vemos isso! – eu disse fingindo um bocejo. 

Ele ficou parado por um longo tempo, frustrado. Nunca tinha sido rejeitado sexualmente, disso eu tinha certeza. “Vai se acostumando, ném!”, pensei sorrindo. Um dia ele ainda imploraria por meu corpo e não o teria nunca. Bom, pelo menos esse era o plano. 

Senti quando ele deitou ao meu lado na cama e o calor do seu corpo junto ao meu. Ele abraçou-me pelas costas encostando sua ereção pulsante em minhas nádegas, enquanto suas mãos acariciavam minhas coxas e subiam perigosamente em direção ao ponto de erupção entre minhas pernas. “Perigo, perigo”, uma luz vermelha piscou insistente em minha cabeça. 

- Vai mesmo deixar seu marido dormir assim? – ele sussurrou dando leves mordidinhas em meu pescoço. “Ai Deus... dá-me forças pra resistir ao Diabo!”, pensei e inspirei profundamente. 

- Chega pra lá Edward! – rosnei e empurrei-o tirando suas mãos de minhas pernas. Se eu dormisse com ele todo o meu plano iria por água abaixo. 

- Não precisa ter medo Bella. Prometo ser carinhoso e ir devagar. – ele disse ainda tentando me agarrar. 

- Edward, pára ou eu vou dormir no quarto de hóspedes. Eu não quero transar hoje, entendeu? – eu disse furiosa e ele afastou-se bufando de raiva. 

Oh my God! Como resistir á esse homem? Até quando eu conseguiria levar o plano adiante? E quem era mais doida, Ângela que bolara essa loucura ou eu que aceitara? 

Demorou quase uma hora de silêncio pesado entre nós até que eu ouvi ressonar. Lentamente me virei e olhei pra seu lindo rosto adormecido que estava franzido de frustração. Coitado, eu o deixara louco por mim e negara fogo. Ângela tinha razão, esse era o pior castigo para um homem, e eu o infringira isso. 

Uma lágrima insistente desceu por meu rosto e caiu no meu travesseiro. Seria tão mais fácil se ele me amasse assim como eu o amava, o que eu mais queria no mundo era dormir em seus braços logo depois de me deliciar com seus carinhos, beijos e abraços, sentir seu corpo preenchendo o meu. 

Mas ele era um cafajeste e pagaria pela humilhação que me causara. Amanhã eu me encontraria com as garotas e colocaríamos o próximo passo do plano em prática. 

Adormeci e sonhei com os beijos de Edward Cullen, os mesmo beijos que eu negara a tão pouco tempo. Bom, pelo menos no sonho eu podia. 

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