19 fevereiro 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 11

Boa noite pervinhas!! Existe coisa mais intensa e limitante ao ser humano que o ciúme?? Ohh veneno que nos cega... Jacob vem atiçar o lado mais perigoso de Edward! Sem mais.. Ótima leitura!
Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 11 - CIÚMES 
POV EDWARD

Precisei reunir todas as minhas forças para não invadir a pista de dança e quebrar a cara do imbecil que se esfregava em Bella. Mas me controlei, pelo que eu conhecia dela a situação entre nós dois, que já estava bem tensa, ficaria ainda pior.

Ela dançava sensualmente, me provocando, me atiçando, se esfregando nele para me atingir. E estava conseguindo. 

Ah, não! Assim já é demais! O que ele pensa que ta fazendo falando tão perto do rosto dela daquele jeito? Furioso, aproximei-me dos dois e interrompi a animada conversa deles. 

- Pode me dar a “honra” de dançar com minha esposa? – disse irritadíssimo, me controlando para não degolar o cachorro filho da puta. Bella virou-se para mim, seu rosto surpreso, o braço ainda no pescoço do individuo que a agarrava pela cintura. Os olhos castanhos dele se semicerraram e ele me desafiou. 

- Tem que pedir a ela primeiro, meu chapa. – Bella olhou do rosto dele para o meu repetidas vezes como se não estivesse entendendo o que acontecia ali. 

- Ela é minha esposa. – lembrei-lhe entre dentes. Ele inclinou a cabeça para o lado e sorriu, muito cínico para o meu gosto. 

- Mas não é dono dela. Ela escolhe se quer dançar contigo. 

Estava a ponto de dar um murro nas fuças do infeliz quando Bella soltou o pescoço dele e encarou-o, ficando de costas para mim. 

- Pode deixar, Jacob. A boa educação não me deixa recusar um pedido de dança. – ela deu um abraço no fulaninho que me olhou significativamente. Esse aí não chegaria aos trinta, não se dependesse de mim. 

Ele se afastou de nós depois de dar um sonoro beijo na bochecha de Bella, que enfim virou-se para mim. Com fúria, agarrei sua cintura e puxei-a com tudo, fazendo seu corpo chocar-se contra o meu, seus seios macios mal ocultos pelo vestido provocante apertados contra meu peito. 

- Ai. – ela gemeu dando-me um soquinho no ombro. – Bruto! 

- Não sou bruto. – disse com voz rouca, o calor do corpo dela despertando em mim as reações costumeiras. Comecei a acariciar suas costas em movimentos lentos e circulares enquanto minha boca beijava e mordiscava seu pescoço, subindo até sua orelha. Delirei ao perceber sua pele toda arrepiada e seu corpo trêmulo em meus braços. – É que eu estou louco por você, Bella. Será que não percebe? 

Meus beijos desceram de sua orelha para seu maxilar chegando até sua boca. Acariciei-a de leve com os lábios, provocando, e qual foi minha surpresa quando Bella, com um gemido, me agarrou os cabelos da nuca puxando-os com tanta força que doeu, colando seus lábios macios nos meus, sua língua invadindo minha boca. Mas o susto só durou um segundo, logo a agarrei com mais força, fazendo com que ela sentisse toda minha excitação pressionada contra sua barriga, minha boca devorando a dela, minhas mãos apertando possessivamente seu lindo corpo. 

- Bella. – sussurrei quando interrompi o beijo para buscar por ar. Meus olhos buscaram os seus e beijei a ponta de seu nariz, minha mão arrumando uma mecha de seu cabelo que caíra em seu rosto durante nosso intenso beijo. 

- Por que me engana, Edward? – ela gemeu, sua expressão carregada de extrema tristeza. Um aperto no peito me fez respirar com mais dificuldade. 

- Ah, Bella! Sinto muito em te ter traído. – suspirei e escondi meu rosto em seu cheiroso cabelo. Morangos... adorava esse seu cheiro tão intenso. – Será que um dia você vai me perdoar? 

- Não existe casamento sem confiança, Edward. – ela disse friamente, se afastando. – O dia em que você resolver confiar em mim e não mais mentir, talvez... a gente possa... – ela titubeou e desviou os olhos. 

- Me ama também, não ama? – disse desesperado segurando-a pelos ombros, buscando seus olhos que teimavam em fugir dos meus. 

Ele suspirou profundamente e me encarou, os olhos distantes. 

- Infelizmente o amor não é tudo. – ela disse e se desvencilhou de minhas mãos, se afastando. 

Fiquei por um momento parado ali, sem reação, as pessoas dançando ao meu redor. 

Ah, Bella! Se não fosse essa maldita empresa! Eu não podia desistir dessas ações, a empresa era muito importante para mim, a única coisa que me ligava a memória de minha mãe querida. Toda vez que eu fechava um novo contrato, uma nova parceria, um novo trabalho, um cliente satisfeito, era como se eu a visse ali, do meu lado, sorrindo para mim e dizendo as mesmas palavras que tantas outras vezes ouvi quando iniciei minha carreira no mercado de marketing e propaganda: “Me enche de orgulho, filho! Um dia vai fazer essa empresa ainda maior do que já é, vai nos levar ao topo, os melhores.” 

Mas ela morreu num acidente de carro antes de ver que éramos os melhores. Antes de contemplar meu sucesso. E meu pai quase colocara todo meu trabalho a perder deixando aquela puta roubar-nos. E a única saída agora eram as ações de Bella. Se eu as conseguisse, eu teria a maioria das ações, não estaria mais sujeito a meu pai. Só que pra isso, precisava mentir-lhe, enganar-lhe. E me machucar, cada dia mais. 

Será que eu estava fazendo o correto tentando seduzir Bella sabendo que ela me odiaria e sofreria ainda mais depois que soubesse de tudo? Mas não podia me controlar, estava irremediavelmente apaixonado por aquela garota, a garota que me conquistou mesmo quando sua aparência não me atraia. Sentia saudades dela, de nossas conversas animadas, ela era tão divertida, tão atrapalhada, me fazia rir sempre corando adoravelmente quando ficava encabulada. Ela era minha melhor amiga. Não podia perder isso... mas também não podia perder a empresa. Meu dilema era grande e minha tortura constante. 

Comecei a andar entre as pessoas procurando por Bella, queria levá-la pra casa e conversar com ela já que ela não sabia de nada sobre meu plano, pediria desculpas novamente sobre Jéssica, abriria meu coração. Quem sabe ela não me perdoasse? 

Avistei Alice dançando com Jasper e me aproximei. 

- Vocês viram a Bella? – perguntei e Alice me olhou com uma expressão triste que me deixou confuso. 

- Ela saiu, Edward. Saiu com Ângela, Ben e Jacob. – meu mundo desabou. Para onde minha Bella havia ido com aquele cachorro? 

- Pra onde foram? – perguntei alterado. 

- Não sei. Eles não me disseram. – ela franziu a testa e fez um bico enorme, sempre fazia isso quando estava irritada. – Você é a pessoa mais burra que já conheci na vida. Está perdendo sua esposa. 

- Sobre o que está falando? – tentei esconder meu nervosismo. Alice nada sabia do plano. 

- Bella te ama, Edward, sempre te amou. Mas amor nenhum sobrevive a mentiras e traições. – dizendo isso ela virou-se e afastou-se, Jasper encolheu os ombros e saiu atrás dela. 

Minha Bella... onde ela estaria? Será que... Não! Não, não! Não, não, não, não e não! Se aquele cachorro ousasse tocá-la... Eu arrancava os colhões dele com minhas mãos nuas! 


POV BELLA 


Já era de manhã quando cheguei em casa. Entrei sorrateiramente, sem fazer barulho, queria ir até meu quarto tomar um banho, me trocar e sair antes que ele acordasse. Tive que fugir da festa de Alice na noite anterior antes que eu cedesse a suas investidas. Dormi na Ângela, que se mostrou amiga e conselheira como sempre. Me fez rir e esquecer-me dos meus problemas ao falarmos sobre Jacob, que acabara de ir embora pra sua casa. 

- Ele é realmente gay? – eu disse, surpresa. 

- Pior que é. – ela balançou a cabeça, pesarosa. – Desperdício dos grandes. 

- De onde o conhece? 

- Eu trabalhava em uma empresa concorrente, onde ele trabalha. Éramos colegas de trabalho, saímos algumas vezes e descobri que ele era gay. Bom, pelo menos ele foi sincero desde o começo, então nunca alimentei esperanças. 

- Mas ele parece tão... homem! 

- Não é? Ele só disfarça bem. 

- E qual é o plano? 

- Não está na cara? Matar Edward de ciúmes. Quando eu disse ao Jake que seu marido era um cachorro que te traiu, ele prontamente aceitou. Odeia homens cafajestes e adora uma confusão. – Ângela riu e eu a acompanhei. Não porque ela havia dito algo de engraçado, mas por que sua risada era ridícula. Impossível ficar séria se ela ria. 

- Será que vai dar certo? – perguntei preocupada. 

- Claro que vai. Não viu a situação que seu maridinho safadinho ficou ao te ver dançando com o Jake? Então. Vai ficar pior! Vamos deixá-lo doido, maluco, pirado, vidrado em você sem que você precise deixar de ser você mesma. 

Tomara que ela estivesse certa sobre isso, pensei enquanto me dirigia até a escada. Um pigarro me interrompeu e parei no ato, me virando lentamente de frente para a sala onde meu marido me encarava furioso, os braços cruzados, sentado no sofá, ainda vestindo as roupas da festa. 

- Oi. – eu disse tolamente e ele se levantou caminhando em minha direção. 

- Onde você tava? – perguntou com voz rouca, muito nervoso. 

- Por aí. – eu disse vagamente. 

- Por aí. – ele repetiu e enfiou os dedos nos cabelos girando em torno dele mesmo. “Acesso de ciúmes!”, pensei feliz. Estava mesmo dando certo. – Andou me traindo? 

- Para minha infelicidade, não. – eu disse e bocejei. – Dormi na Ang. Agora se me der licença, vou me arrumar para ir pro trabalho. – ia subir mas me voltei, olhando-o de cima a baixo. – Por que ainda está vestido com a roupa de ontem? 

- Por que eu fiquei a noite toda aqui na sala esperando você chegar. – ele disse suavemente, seus olhos dourados me encarando tão tristes. Um aperto no peito. Mas eu tinha que disfarçar. 

- Ah, que bom. – eu disse e sorri, subindo as escadas. Ele não me seguiu, apenas ficou me olhando parado, eu sentia seus olhos em minha pele, queimando. 

Tomei um banho e me arrumei pensando em como seria difícil o dia de hoje. Hoje eu assinaria o contrato.

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