18 fevereiro 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 10

Boa noite pervinhas!! Hoje nossa Bella encontrará Jacob Black para desespero de EDZÃO... Sem mais.. Ótima leitura!!!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 10 - JACOB BLACK 

POV BELLA

Eu não via Edward desde nossa pequena discussão que foi ontem a noite. Depois desse episodio, tranquei-me em meu quarto, recusando-me a descer pra jantar apesar das batidas insistentes dele em minha porta.

Mas não dormi. A imagem de seu rosto retorcido me questionando sobre o porquê de tudo aquilo girava em minha mente, suas palavras repetindo-se intermináveis vezes “Somos casados, Bella! Por que está fazendo isso? Foi algo que eu fiz?”. Algo que ele fez? Além de trair-me com Jéssica Stanley e não sei quantas outras e ainda por cima ter se aproximado de mim só pelo meu maldito dinheiro? Acho que isso era o suficiente. 

Chorei durante boa parte da noite perguntando-me o porquê de toda aquela loucura que eu estava cometendo. Pra que eu estava prolongando meu sofrimento? Já não me bastava saber que o homem que eu amava me traíra e enganara? Já não era sofrimento o bastante? 

Fingir que eu fazia tudo isso para fazê-lo pagar... não era valido. Não para mim, que sabia de meus verdadeiros motivos. Eu queria estar perto dele, ver seu rosto, seus lindos olhos, ouvir sua voz e sentir seu cheiro. E desejá-lo sem nunca poder tocá-lo, aproveitar cada minuto daquele casamento fajuto para absorver cada detalhe seu pra gravá-lo em minha memória de onde ninguém jamais poderia me tirar. 

Mas não podia me entregar. Mesmo sabendo que ele me desejava, não podia de modo algum entregar-me a ele. Já tinha meu coração, não podia dar-lhe o prazer de ter meu corpo também, que ele usaria e logo descartaria assim como fez com meu amor. 

Rolei em minha cama até que o relógio de minha mesa de cabeceira marcou cinco da manhã. Levantei-me e me vesti, saindo de meu quarto a fim de descer até a cozinha, mas para isso eu precisava passar em frente a seu quarto que estava com a porta entreaberta. Amaldiçoando-me por dentro, não resisti a tentação e entrei sorrateiramente indo em direção a seu vulto adormecido. 

Ele estava ainda mais lindo, os cabelos mais bagunçados do que nunca, o rosto franzido, a boca ligeiramente aberta, os braços agarrados ao travesseiro e os lençóis totalmente revirados, os cobertores no chão. Aproximei-me dele e não pude resistir ao seu lindo rosto de anjo. O anjo que me atormentava o coração. 

Timidamente levei a ponta dos dedos e acariciei as maçãs de seu rosto e fiquei paralisada quando ele se moveu e franziu ainda mais o rosto, gemendo. 

- Bella... – ele sussurrou e meus dedos se umedeceram com grossas lágrimas que caíram de seus olhos firmemente fechados. Ele estava... chorando! – Bella... me perdoa! – ele murmurava se contorcendo agora, evidentemente era um pesadelo. 

- Shiiiii! – eu disse lutando contra minhas próprias lágrimas, sentando-me ao seu lado no colchão e acariciando seu rosto atormentado. – Não chore, Edward. 

- Eu preciso fazer isso. Desculpe-me, mas não posso desistir, não agora! – ele resmungou ainda de olhos fechados tentando se levantar. 

- Se acalme, Edward! – eu disse entre lágrimas agora, segurando firmemente seus ombros para que ele continuasse deitado. A dor era quase palpável ali. – Procure não pensar nisso. E faça o que tiver que fazer. 

- Mas não se esqueça, Bella, de que eu te amo. E isso nunca vai mudar. – ele resmungou e logo voltou a ressonar baixinho, de volta ao sono profundo. 

Um último afago em seu lindo rosto e saí do quarto tão silenciosamente quanto entrara. 

Ele continuaria com seu jogo... e eu continuaria com o meu. Por mais que isso me doesse, meu orgulho não me permitia recuar, não podia perder mais uma vez, não dessa vez. 


POV EDWARD 

- Cadê a Bella, Cândida? – perguntei depois de ter vasculhado a casa toda atrás dela, não a encontrando em lugar algum. 

- Ela saiu bem cedo, seu Edward. – a empregada gorda e simpática disse, parando de lavar a louça para procurar algo em seu avental. – Deixou um bilhete para o Sr. 

Entregou-me um papel com a letra caprichosamente desenhada por Bella. 

“Não se esqueça do jantar na casa de Alice hoje à noite. Não me ligue, estarei com Alice, iremos ao SPA e fazer algumas compras. Esteja apresentável à noite, ok, não me faça passar vergonha. Ah, de um jeito nesse cabelo, não quero que pensem que você não foi apresentado à família das escovas. 

Com amor, Bella” 

Eu ria feito um idiota ao terminar de ler o bilhete. Que mulherzinha enfezada, hein? Mas ela dissera “com amor”, o que era um bom sinal. Um dia esse charminho dela iria acabar e aí... o que eu estava pensando? Esse casamento era uma farsa e por mais que eu quisesse Bella como minha esposa de verdade, isso nunca iria acontecer. Ela me odiaria eternamente depois que descobrisse tudo. 

Deitei-me no grande sofá da sala e lembrei-me do estranho sonho que tivera. No sonho, eu criava coragem e pedia perdão a ela pelo que eu estava fazendo, sem entrar em detalhes. Mas como nos sonhos tudo acontece, ela pareceu saber do que eu estava falando e disse para eu não pensar naquilo, para eu que eu seguisse em frente nos meus propósitos. Ela me acalentava em meu desespero. Só em sonho mesmo. 

O que mais me preocupava era esse jantar na casa de Alice. Seus jantares eram no mínimo... diferentes. Coisa boa é que não iria ser. 


POV BELLA


- Prepare-se por que o ponto alto da vingança vai ser hoje! – Ângela gritou no telefone enquanto eu praticamente via os pulinhos que ela dava em seu apartamento. 

- O que você está aprontando, Ang? – perguntei, suspirando. Nas mãos de Alice e Ângela... eu estava ferrada! 

- Na hora você vai saber. Só uma dica: quando eu der o sinal, amiga, deixa rolar! Confie em mim, Bella, você não vai se arrepender! – novos gritinhos que me fizeram distanciar o celular do ouvido, com uma careta. – Ah, Rosie me ligou e disse que Emmett já redigiu os documentos tal como ela pediu. Ele participa das mesmas opiniões que ela, sabe? – risinhos sem vergonha vieram até mim do outro lado da linha. 

- Você não presta, Ang. – eu disse rindo. 

- Também te amo, Bellinha! – ela respondeu, também rindo. – Até daqui a pouco, então! 

- Tchau, Ang! – eu disse desligando o celular no mesmo instante que Alice vinha pulando em minha direção com um estojo de maquiagem. 

- Por favor, Alice, não me deixe com cara de prostituta francesa, ok? – eu gemi, fazendo uma careta. 

- Por quê? Você tem preferência por alguma outra nacionalidade? – ela disse prendendo um risinho. 

- Muito hilária. – eu disse de mau humor. 

- Credo, Bella. Que mal humor! – ela disse começando a me maquiar. – Sabe o que é isso? É a pessoa ter todo um restaurante do mais fino e ficar todo dia jantando misto quente. 

Não pude conter a gargalhada. O restaurante que tinha lá em casa não era cinco estrelas não: era quinhentas estrelas. E eu nem tava comendo misto, era pão com margarina mesmo. Ai, ai... 

- É, Alice, a vida é muito injusta! Quando a gente é diabética, Papai Noel só trás doce de presente de Natal! – eu disse muito séria e dessa vez foi Alice que explodiu em uma deliciosa gargalhada, se dobrando de tanto rir. 

- Bella, você não tem preço, cunhada! – ela disse entre espasmos de riso. 

- Sabe que mesmo depois que tudo isso acabar você será minha amiga pra sempre, não sabe? – eu disse, voltando a realidade triste de meus problemas. 

- Só estou te ajudando, colega, por que eu sei que no final tudo vai dar certo. – ela disse e antes que eu pudesse perguntar o que ela queria dizer com aquilo ela completou. – Agora, calada, que não quero que minha cunhadinha fique parecida com a Jéssica Stanley. Isso seria pior do que a morte! 

Sorri e relaxei me entregando aos cuidados de Alice Diabinha Cullen. 


                                                                        xxx 


O jantar de Alice era em sua mansão, mas não era um tipo de jantar muito... formal. Era um jantar dançante hiper mega super ultra moderno. Ela montou tudo no imenso jardim, onde haviam diversas mesas e uma enorme pista de dança no centro embaixo de luzes psicodélicas que deixavam a gente até meio zonza. Resumindo: muita dança e pouca comida. 

Andamos entre os convidados conversando animadamente, eu e Alice fomos cantadas por diversos convidados masculinos (e até mesmo femininos, o mundo ta mesmo perdido, meu Deus!!!) mas eu bem que avisei Alice que a gente exagerara um pouco no quesito sensualidade. Poxa, até pouco tempo atrás eu estudava em um internato, meu! 

- Alice, estou me sentindo um frango no espeto! – cochichei em seu ouvido olhando de relance para alguns homens que pareciam querer me devorar com os olhos. 

- Pára com isso, Bella! Você ta linda, chamar a atenção é essencial essa noite. – ela disse sorrindo para os tarados que nos encaravam. Porra, a gente é casada, dá pra respeitar? 

- Mas você ta mais comportadinha! – fiz biquinho e ela riu. 

- Minha intenção não é provocar, Bella! Já a sua... – ela fez cara de safada. Dei um leve tapa em seu ombro e rimos juntas. 

Ouvi um burburinho de vozes femininas e virei-me na direção para a qual todas olhavam. Quase tive um infarto do miocárdio com o que vi. Um Deus, não, um Demônio perfeito vinha desfilando em minha direção trazendo um sorriso torto no rosto e fogo nos olhos verdes ardentes. 

Sem dizer nada, o demônio me agarrou e tomou minha boca em um beijo quente, introduzindo sua língua atrevida em minha boca, sugando meus lábios com avidez enquanto suas mãos apertavam possessivamente minha cintura. Por um momento, esqueci-me de tudo, nada mais importava a não ser sua boca na minha, me provocando um calor que incendiava meu corpo todo que ansiava por ele, mas recobrei a razão e suavemente mas com firmeza, afastei-o. Pelo menos em público tínhamos que manter as aparências. 

- Oi, Bella. – ele disse com aquela voz rouca do capeta. 

- Você não arrumou o cabelo. – resmunguei tentando disfarçar meu calor repentino. Nossa, como tava quente ali, meu Deus! 

- Eu acho que você gosta mais assim. – ele disse passando os dedos em meios a sua linda cabeleira. Que vontade de enfiar meus dedos no meio daqueles fios macios enquanto... Foco, foco, foco! 

- Você ta louco? – eu disse sorrindo simpaticamente para um casal que passara por nós. – Já vi espigas de milho com uma cabeleira melhor do que isso. – Ah, Isabella, engana que eu gosto! 

- Quer pentear pra mim? Acho que a gente pode dar uma fugidinha até o banheiro. – ele sussurrou em meu ouvido me puxando contra seu corpo quente fazendo com que minha calcinha desse perca total. “Ai, Deus, devolve minha sanidade!” 

- Sai pra lá! – resmunguei tentando afastá-lo sem sucesso. Deus, como ele era forte! – Ta pensando que eu sou sua mãe, é? 

- Não, se fosse minha mãe eu não poderia fazer com você o que estou pretendendo fazer. – ele mordeu o lóbulo de minha orelha e apertou mais minha cintura descendo discretamente sua mão cheia de dedos para minhas nádegas, apertando-as de leve. “Ar, preciso de Ar!” – A propósito, você está uma delicia nesse vestido, meu bem. Adoraria estar em um local mais reservado com você. 

- Pára, Edward! As pessoas estão olhando! – disse quase histérica empurrando-o e correndo até Alice que continha um acesso de risos ao lado de Jasper que trazia nos lábios finos um leve sorriso. 

- Que foi? – perguntei mal humorada pegando uma taça de champanhe de uma bandeja que passava por mim e tomando-a de um só gole. 

- Nada. – ela disse se recompondo e fazendo cara de santa. Cínica! – Ângela disse que ta na hora da dança. 

- Já? – perguntei, temerosa. Não sabia se estava pronta para colocar em prática tudo que eu havia aprendido com as meninas em uma única tarde. 

- É! Vai lá e coloca tudo em pratica, Bellinha! Você é poderosa! – ela disse aos pulinhos. 

- Mas cadê a Ang? – eu disse quando a música escolhida por aquelas loucas começou a tocar. 

- Ela disse pra você não se preocupar e quando alguma coisa te surpreender, deixe-se levar. – ela disse já me empurrando para a pista. 

Bom, quem ta na chuva é pra se molhar! Fechei os olhos e deixei meu corpo sentir o ritmo da música, sentindo meus músculos relaxarem enquanto meus membros se movimentavam no ritmo da música. Abri meus olhos e encontrei os olhos chocados de Edward, o que me fez ter ainda mais gás pra dançar com mais vontade, mais sensualidade, fazendo com que ele engolisse em seco e lambesse os lábios, seus olhos devorando-me. 

Num relance, vi alguém acenar entre as pessoas que estavam fora da pista e vi uma Ângela saltitante fazendo um sinal de positivo pra mim. Engoli em seco imaginando o que seria essa surpresa dela, mas prossegui em minha dança pouco me importando com alguns olhares curiosos e admirados que acompanhavam meus movimentos. 

Foi aí que senti alguém me abraçar pelas costas, movimentando-se junto comigo. De início, me assustei e virei-me mas lembrei das palavras de Ângela no exato momento que meus olhos cruzaram com dois intensos olhos castanhos que me encaravam, muito divertidos. Ele sorriu e arqueou uma sobrancelha me puxando contra seu corpo forte e moreno. 

- Ângela disse que eu podia dançar com você. – ele disse sorrindo. 

- Claro. – foi tudo o que consegui dizer e continuei a dançar agora acompanhada pelo lindo moreno misterioso. 

Nossos corpos em perfeita sincronia interagindo em uma dança sensual e ritmada, longe de ser vulgar. Logo me vi perdida nos passos da dança, me divertindo, esquecendo-me das pessoas que nos cercavam e que agora abriram espaço para que apenas nós dois dançássemos. 

Tanto me divertia dançando nos braços daquele misterioso moreno que me surpreendi quando a música acabou. Uma salva de palmas das pessoas que nos assistiam e, ofegante, apoiei-me em seus ombros largos e fortes e dei meu mais sincero sorriso para seu rosto lindo e simpático. 

- Como é o nome de meu parceiro de dança, posso saber? – eu perguntei e ele riu, mostrando dentes brancos e perfeitos. 

- Jacob, Jacob Black, ao seu dispor. – e levou uma de minhas mãos aos lábios. Só então me dei conta da loucura que acabara de fazer. Sem graça, desviei meu olhar e disse. 

- Espero que... Ângela não tenha se excedido. 

- Como assim? – ele parecia cada vez mais divertido. 

- Espero que não confunda as coisas, Sr. Black. – disse, constrangida. Ele gargalhou gostosamente enquanto me apertava ainda mais em seus braços musculosos. 

- Fique tranqüila, Bella. – ele disse cheio de mistérios. – Eu não represento perigo. 

- Como assim? – perguntei sem entender enquanto uma música suave começava a tocar e ele me conduzia suavemente pela pista. 

- Digamos que... você não faça meu tipo. – ele disse olhando-me fundo nos olhos. 

- Sou tão feia assim? – perguntei, meu ego destruído. 

- Não, de modo algum! – ele gargalhava novamente mas ficou sério pra então dizer. – Eu sou gay. 

Choque! Aquele monumento cheio de virilidade e força... gay? Eu já não tava mesmo sabendo de nada. 

- Pode me dar a “honra” de dançar com minha esposa? – uma voz irritada e conhecida soou a minhas costas e virei-me, ainda abraçada ao pescoço de Jacob. Edward estava com uma cara de quem mataria alguém e esse alguém seria, de preferência, Jacob Black, que o encarava muito sério, apertando firmemente minha cintura. 

- Tem que pedir a ela primeiro, meu chapa. – ele disse com voz grave, com um toque de perigo. 

Peraí, eu perdi alguma coisa?


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